Caso o Banco da Amazônia permaneça com sua intransigência de descumprir o Acordo Coletivo de Trabalho vigente e não convocar a abertura de mesa de negociação permanente com as entidades representativas de seus empregados, a possibilidade de paralisação ou greve por tempo indeterminado poderá ser inevitável. Esse foi o recado transmitido pelo Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec-CUT/Centro Norte e Contraf-CUT à direção do banco durante manifestação realizada na manhã de quinta-feira (26), em frente à matriz da instituição, em Belém.
Diante do silêncio do Banco da Amazônia, que não responde aos reiterados ofícios das entidades pela retomada da mesa permanente, o Sindicato ocupou a porta da matriz do banco com carro som, faixas, panfletos e muita disposição para lutar em defesa dos interesses da categoria.
“A categoria bancária cansou de esperar e exige que o Banco da Amazônia retome a mesa de negociação permanente. Vivemos uma conjuntura de desmonte dos direitos da classe trabalhadora, vide a aprovação das Leis de Terceirização e da Antirreforma Trabalhista, e por isso queremos discutir com o Banco da Amazônia um Termo de Compromisso, proposto pelo Comando Nacional dos Bancários e Bancárias, para defender as conquistas da greve de 2016, mas o banco só nos responde com silêncio. Por isso viemos fazer barulho aqui em frente à matriz e exigir a retomada da mesa permanente. Caso contrário, deveremos convocar a categoria para deliberar sobre os nossos próximos passos e não descartamos a possiblidade de greve por tempo indeterminado”, afirma o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.
“Temos muitos assuntos a debater com o Banco da Amazônia e que estão na ordem do dia dos empregados e empregadas da instituição, como: PCCS, Promoção para todos os segmentos do banco, Plano de Saúde, Emprego, Condições de Trabalho, Previdência, dentre outros. A mesa permanente está clausulada no ACT 2016-2018 e o banco está descumprindo esse acordo ao não convocar a mesa para, junto com as entidades, construir soluções para uma série de questões que aflige seus empregados”, afirma o dirigente da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
“O fato de termos firmado um Acordo Coletivo de Trabalho em 2016 com vigência até 2018 não significa que não há problemas para se resolver dentro do Banco da Amazônia. Os bancários e bancárias da instituição tem demandas de sobra para debater com a empresa e, por isso, exigem respeito e retomada imediata da mesa de negociação permanente com o Banco da Amazônia”, pontua a dirigente do Sindicato e também empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia.
Ofício reiterado – Ao final do ato público, uma comissão de dirigentes sindicais foi até o coordenador de negociação por parte do Banco da Amazônia, Francisco Moura, para protocolar novo ofício e solicitar a reabertura da mesa de negociação, com a apresentação das pautas a serem tratadas com a instituição.
O representante da empresa assumiu o compromisso de apresentar o documento ainda hoje à diretoria do banco e responder oficialmente às entidades sindicais até essa sexta-feira (27).