Manifestação durante Jornada Nacional de Luta contra Demissões
O Sindicato dos Bancários de São Paulo enviou carta ao presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, evidenciando os problemas decorrentes da gestão atual, enfrentados pelos funcionários do banco. O documento cobra reunião na próxima terça-feira, dia 27, para tratar especificamente das demissões.
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“Consideramos equivocada a visão empresarial atual, pois além de ser danosa aos funcionários remanescentes – que são obrigados a conviver com a sobrecarga de trabalho, assédio moral e o adoecimento -, ainda por cima não traz resultados ao banco”, consta em trecho da carta.
O texto contém diversos dados que corroboram a crítica. O lucro do Santander caiu 9,7% em 2013, em comparação com 2012, período em que foram eliminados 4.371 postos de trabalho.
A carta denuncia ainda que a redução de custos está atingindo setores básicos do ambiente de trabalho enquanto os diretores executivos da instituição receberam aumentos consideráveis nos seus rendimentos.
“A incoerência da política de redução de custos fica ainda mais evidente quando, por um lado, até mesmo questões básicas como os ônibus fretados, café, papel higiênico, funcionários de limpeza, dentre outros pontos essenciais, sofreram cortes”, diz outro trecho.
E continua: “No topo da hierarquia, no entanto, os 46 diretores executivos poderão receber em 2014 aumento de até 48,3% nos seus já astronômicos ganhos, que no ano passado chegaram a incríveis R$ 4,7 milhões. O resultado é que a remuneração de somente um diretor executivo representa 146 vezes os ganhos anuais de um escriturário.”
Protesto
Nesta quarta-feira 21 foi a vez de Osasco receber a jornada nacional de luta dos trabalhadores do Santander. O movimento cobra o fim das demissões, a contratação de mais funcionários e a redução das tarifas cobradas dos clientes.
Durante os atos, dirigentes sindicais fizeram a leitura de manifesto nas agências e distribuíram o jornal Sindical Santander, além de cartas-manifesto aos clientes, que apoiam a luta assinando pedido de mais contratações e redução das tarifas. A diretora executiva do Sindicato, Maria Rosani, ressalta a solidariedade e o apoio dos correntistas ao protesto.
“Muitas pessoas falam que assinam com prazer as cartas que serão entregues ao presidente do banco, e isso mostra a indignação e o descontentamento dos usuários e clientes pela forma como têm sido tratados pelo banco”, salienta.