(Brasília) Desenvolvida pela Fenae, pelas Apcefs e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), a campanha “Mais empregados para a Caixa – Mais Caixa para o Brasil” foi lançada nacionalmente na última quarta-feira, em Brasília (DF), durante ato realizado no auditório Petrônio Portela, do Senado Federal.
Nesta data, o manifesto da campanha foi distribuído a trabalhadores de todo o país, que na ocasião estavam participando de outro evento de lançamento: a 4ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, convocada pelas centrais sindicais e que será realizada em 5 de dezembro. O texto do manifesto deixa claro que “com mais empregados, a Caixa servirá melhor ao Brasil de todos”.
Confira, abaixo, a íntegra do documento:
A Caixa Econômica Federal necessita de mais trabalhadores para restabelecer as condições essenciais ao desempenho de suas atividades. O volume de serviços prestados ao governo e à sociedade registra crescimento vigoroso ao longo dos últimos anos, e vem a aumentando a cada dia, em função do incremento das políticas públicas, da bancarização e da expansão do crédito. As oportunidades oferecidas pelo mercado geram cotidianamente novos desafios à atuação da empresa na área comercial.
Hoje, o contingente de trabalhadores é inferior ao de cinco anos atrás, época em que a estrutura da Caixa estava sendo desmontada, rumo à privatização. Em 2002, o quadro de pessoal próprio era de 55.691 empregados. Somando-se terceirizados, estagiários e menores-aprendizes, o total de trabalhadores era de aproximadamente 104 mil. Embora o quadro próprio tenha subido para 58.275, em 2005, e para 73.386, em abril deste ano, o número total de trabalhadores foi decrescente: caiu para 101.744, em 2005, e para 100.816, no final do primeiro trimestre de 2007.
A ampliação de 389 unidades na rede de agências e Postos de Atendimento Bancários (PABs) acentua a discrepância entre mão-de-obra disponível e trabalho a ser realizado.
A carência de mão-de-obra implica perda na capacidade da Caixa de potencializar o alcance das políticas públicas e inibe o financiamento de moradia à classe média. Cria uma lacuna entre as ações previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a capacidade real de execução por parte da empresa. Dificulta ainda a inclusão bancária, a ampliação do crédito e a geração de emprego e renda. Compromete a realização de negócios e a exploração de novos horizontes no mercado.
É também fator de degradação das condições de saúde e de trabalho dos empregados. Impõe extenuante carga de atividades aos trabalhadores, principalmente nas agências. Cria ambiente propício à prática de assédio moral para cumprimento de metas. Retira dos trabalhadores momentos de lazer e de convivência com a família, levando-os à fadiga física e mental.
A Caixa precisa responder imediatamente ao desafio de servir ao desenvolvimento sócio-ambiental e econômico do país. O número de trabalhadores para suprir as necessidades das agências de todo o país deve ser estabelecido a partir de estudo elaborado com a participação de representantes dos empregados. Mas a Caixa deve adotar já uma estratégia para elevar o quadro de pessoal ao patamar mínimo de 100 mil empregados concursados, contingente ao qual deverão somar-se os cerca de 12 mil estagiários e os 3,5 mil menores-aprendizes hoje existentes.
A sociedade brasileira tem a Caixa como referência de instituição capaz de disseminar programas sociais, transferir renda e abrir oportunidades aos que buscam melhorar de vida. No momento em que iniciativas governamentais dirigidas à população de baixa renda se expandem, a Caixa não pode frustrar as expectativas nela depositadas. Queremos “Mais empregados para a Caixa”, para oferecermos “Mais Caixa para o Brasil!”.
Fonte: Fenae