A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançaram no estado do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (6) a Campanha Nacional de Combate à Discriminação, com o lema “Não precisa ser para sentir”. A atividade foi realizada na sede do Fetrafi/RJ-ES.
As secretárias de políticas sociais da Fetraf RJ/ES, Adilma Nunes, e do Seeb/Rio de Janeiro, Kátia Branco, destacaram a importância do tema diante do momento conjuntural que estamos vivendo. “O preconceito e a discriminação tem ficado cada vez mais evidente em nosso país, o conservadorismo e a intolerância tem tomado proporções cada vez maiores, em contrapartida a ONU tem dado um destaque mundial na questão dos direitos humanos”, disse Adilma. “Por isso, nossa campanha veio num momento oportuno e vamos percorrer nossas bases, mobilizando a categoria e a sociedade para debater o tema” completou Katia.
Almir Aguiar, Elaine Cutis e Adilson Barros, dirigentes Contraf-CUT, participaram da mesa de abertura. “Estamos debatendo os temas da campanha com a Fenaban, já faz algum tempo, mas eles não aceitaram realizar uma campanha conjuntamente. Por isso, tomamos a iniciativa de discutir os temas da mulher, do negro, LGBT e PCDs, que para nós são fundamentais, tendo em vista que o preconceito no sistema financeiro é evidente e precisamos mudar esse quadro. Daí a importância de nossa iniciativa para mobilizar a categoria e a sociedade para combater a discriminação” afirmou Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.
O advogado Lucas Bulgarelli, especialista nas causas LGBT, pontuou quanto a necessidade de debater o tema na atual conjuntura política. “A direita está se apropriando de nossas bandeiras com falsas propagandas. Precisamos deixar claro que discutir diversidade é compreender que estamos lutando contra um determinado grupo que há muito tenta nos tirar nossos direitos, nossa liberdade e acabar com a democracia”, disse. “É inaceitável que, nos dias atuais, as pessoas ainda façam ou riam de piadas racistas, misóginas ou homofóbicas”, completou o advogado.
Para o presidente da Fetraf/RJ-ES, Nilton Esperança, intensificar essa luta é fundamental para acabar com a intransigência dos bancos nas mesas de negociação. “Eles precisam reconhecer que existe preconceito e discriminação no sistema financeiro e criar mecanismos para mudar esse quadro”, afirmou o presidente da Fetrafi/RJ-ES.