A redução drástica no número de funcionários nas agências praticado pela direção do Banco do Brasil tem provocado revolta entre os clientes e sobrecarregado os trabalhadores da empresa.
A situação tem piorado a cada dia, não bastasse a morosidade do banco em contratar mais pessoas – embora a ampliação do quadro já esteja aprovada – nas últimas semanas a direção da empresa passou a desrespeitar ainda mais seus funcionários. “Ao não pagamento das substituições estão se somando a sobreposição fraudulenta de mão-de-obra, com os gerentes sendo obrigados a assumir a gestão da tesouraria e caixa de duas ou mais agências, e a utilização de terceirizados para a abertura de contas. São práticas ilegais que o banco tem de rever”, diz o diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancáriso de São Paulo, Osasco e Região, Ernesto Izumi, lembrando que outros bancos tentaram utilizar gerentes para gerir mais de uma agência e tiveram de recuar. “O BB está na contramão”, critica.
Para dar resposta à altura à truculência do banco, o Sindicato retardou a abertura de oito agências – Liberdade, Luz, 7 de Abril, Dom José Gaspar, Barão de Duprat, João Mendes, Bom Retiro e Vieira de Carvalho – na região central da cidade. Os clientes receberam carta aberta dos funcionários, explicando os motivos do protesto.
“Esse é o primeiro passo para uma resposta mais contundente à direção do banco e é importante que todos os bancários do BB ampliem a luta do Sindicato por condições dignas de trabalho”, diz o diretor da Contraf-CUT e funcionário do BB William Mendes.
A manifestação faz parte da campanha nacional Acorda BB que foi iniciada pelo Sindicato há dois meses e que tem sido permeada por vários protestos.
Vermelho – A mobilização continua na terça-feira. Serão distribuídas fitas vermelhas para os funcionários, que irão usá-las durante o expediente a fim de mostrar sua insatisfação com os problemas apontados pela campanha. O Sindicato orienta ainda que os trabalhadores usem também roupas vermelhas.