Está prevista para o próximo dia 29 (sexta-feira), às 15h, uma sessão solene em homenagem aos bancários e bancárias e ao aniversário de 31 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O evento ocorrerá no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. A sessão é iniciativa da deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Tanto o Dia do Bancário como a data de fundação da CUT ocorrem no dia 28 de agosto. “Toda a categoria está convidada a comparecer à sessão na Câmara dos Deputados”, ressalta o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.
28 de agosto, Dia do Bancário
O Dia do Bancário é motivo de comemoração. A história do 28 de agosto representa um marco na luta e na união da categoria em todo o Brasil.
Nesta data, em 1951, foi realizada, no então cine Odeon, em São Paulo, uma assembleia dos bancários paulistas, que tentavam negociar com os banqueiros reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço.
A categoria já havia recusado o dissídio coletivo e realizado paralisações de alguns minutos entre 12 de julho e 2 de agosto. Como os patrões mantinham-se intransigentes, os bancários decidiram na assembleia deflagrar a greve.
Foram 69 dias de paralisação, durante os quais os bancários foram duramente reprimidos – alguns presos e espancados. Mas a categoria conseguiu reajuste de 31%.
A volta ao trabalho não foi fácil. Muitos bancários foram demitidos, mas a greve foi vitoriosa por resultar em conquistas para a categoria e porque derrubou uma lei antigreve do governo Eurico Gaspar Dutra. Além disso, lançou as bases do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), criado em 1955.
A data foi instituída oficialmente 13 anos depois pela Lei 4.368, sancionada em 1964. A proposta de oficializar o 28 de agosto como Dia dos Bancário foi deliberada no 4° Congresso Nacional dos Bancários, em 1952.
“O Dia do Bancário é um símbolo, para que não se apague de nossa memória a trajetória de lutas e de conquistas da nossa categoria. Cada bancário e bancária deve se orgulhar da história escrita pelos trabalhadores”, afirma Araújo.