Caixa lucra R$ 1,5 bi e tem saldo negativo de 1.188 postos de trabalho

A Caixa obteve lucro líquido de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2015 com crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O retorno sobre o Patrimônio Líquido ajustado foi de 13,72%, com redução de 9,9 ponto percentual, devido ao aumento do Patrimônio Líquido ocasionado pela incorporação de R$ 35,9 bi em Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida.

Na comparação do 1º trimestre de 2015 com o 1º trimestre de 2014, a Caixa criou 997 novos postos de trabalho. Porém, considerando-se apenas o 1º trimestre de 2015, o banco apresentou saldo negativo de 1.188 postos de trabalho devido ao Programa de Apoio à Aposentadoria implantado no início deste ano. Foram abertas 82 agências nos últimos doze meses, sendo 10 no último trimestre.

O balanço

A Caixa foi a responsável por 34,0% do crescimento do mercado de crédito nos últimos doze meses, respondendo por 20,3% do crédito ofertado pelo sistema financeiro, dados do relatório da administração do banco.

Segundo a análise do Dieese, a Carteira de Crédito Ampliada cresceu 20,1% em doze meses e atingiu R$ 624,43 bilhões, com alta de 3,2% no trimestre. O crédito total para pessoas físicas (que inclui crédito imobiliário e rural) cresceu 21,9% em relação a março de 2014, chegando a R$ 443,5 bilhões. Já o total do crédito para pessoas jurídicas alcançou R$ 168,6 bilhões, com elevação de 17,3% no período.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias cresceu 0,23 ponto percentual em doze meses, ficando em 2,86% em março de 2015. Apesar da baixa inadimplência, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 102,9%, totalizando R$ 5,03 bilhões.

O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic, com crescimento de 88,2%, atingindo R$ 11,39 bilhões.

Receitas com tarifas crescem 14,9%

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 14,9% em doze meses e as despesas de pessoal subiram 15,4%. A cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 98,85% em março de 2015.

Veja aqui a integra da análise do Dieese

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