A Caixa Econômica Federal comunicou, nesta terça-feira (13), à Comissão Executiva dos Empregados (CEE), que as entidades representativas não terão mais espaço de fala na integração dos novos trabalhadores. Historicamente, os sindicatos, as Associações de Pessoal da Caixa (Apcefs) e entidades representativas dos trabalhadores, em parceria com os instrutores da Gerência de Filial de Pessoas (Gipes), participam do Programa de Integração e Ambientação à Caixa (PIAC).
O discurso usado para descumprir uma tradição já consolidada no banco é de que Programa de Integração foi substituído por um programa de aprendizado dinâmico. A real intenção da direção do banco é, porém, ocultar o atual cenário de desmonte da Caixa.
Além disso, a direção do banco está informando aos novos trabalhadores de que não terão direito a assistência à saúde, desrespeitando o Acordo Coletivo de Trabalho. A cláusula 33 do ACT, vigente até 31 de agosto de 2020, assegura a assistência à saúde aos contratos após 31 de agosto de 2018.
“A ironia é que a contratação dos PCDs (Pessoas com Deficiência) é uma conquista dos trabalhadores em luta e, agora, estão nos impedindo de informar aos funcionários seus direitos. O plano de saúde é um direito de todos os empregados da ativa, os aposentados e para dos novos trabalhadores. É um absurdo completo”, protesta o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis. A integração está acontecendo desde segunda-feira (12). O assunto está na pauta da mesa do CEE, do dia 27 de agosto.
Fonte: Fenae