Caixa apresenta proposta para unifica‡Æo da carreira profissional

(São Paulo) Na primeira negociação entre a Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal realizada após a greve dos bancários, o banco apresentou sua proposta de unificação da carreira profissional dos Planos de Cargos e Salários (PCSs) de 1989 e 1998. Durante a reunião realizada nesta terça-feira, dia 17, em Brasília, o diagnóstico apresentado pela Caixa revela diferenças nas carreiras, nas verbas remuneratórias e na jornada de trabalho entre os dois planos.

 

Segundo a proposta apresentada pela Caixa, será criada uma nova estrutura salarial em 36 níveis, com amplitude de 65% entre a menor e a maior referência. Em relação às regras de enquadramento, o salário corresponderá ao valor que mais se aproximar do somatório do salário-padrão, sendo que no caso do PCS/98 serão concedidas até sete referências salariais, considerando o tempo de serviço efetivo na Caixa em anos.

 

A migração fica condicionada à assinatura de termo de adesão específico. Poderão migrar para a nova estrutura os empregados que aderiram ao Novo Plano de benefícios da Funcef. A proposta da empresa prevê, no entanto, que essa migração seja condicionada à desistência de ações trabalhistas relativas ao assunto.

 

 “A proposta traz avanços em relação ao enquadramento dos profissionais do PCS de 1989 na tabela do PCS 1998, mas existe uma série questões que precisam ser negociadas. Os itens apresentados pela Caixa deverão ser amplamente debatidos com os empregados para que, com base nas propostas que venham das entidades sindicais de todo o País, retomemos a negociação com a empresa”, avalia Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

 

PLR

Durante a negociação, a Caixa informou que vai pagar a primeira parcela de 60% da PLR nesta sexta-feira, dia 20 de outubro, conforme antecipou ontem o site da Contraf-CUT. A parcela referente aos 40% restantes será paga em março de 2007.

 

Também nesta sexta-feira serão pagos os salários de outubro, acrescido de reajuste de 3,5% e retroativo a 1º de setembro (data-base da categoria bancária). Os valores corrigidos e as diferenças retroativas em relação a benefícios como tíquete e cesta-alimentação serão pagos em novembro.

 

Na Caixa, a PLR prevê a distribuição de 80% da remuneração-base (sem teto), mais duas parcelas: uma fixa de R$ 828 e outra extra de R$ 1.000, acrescido de R$ 1.339 linear a título de programa próprio nos moldes do Banco do Brasil. Esse modelo corresponde a 80% da remuneração-base, mais uma parcela total de R$ 3.167 para todos os empregados.

 

A Caixa Federal e a Contraf-CUT assinam nesta quinta-feira, dia 19, o acordo de Participação nos Lucros e Resultados. A assinatura será às 17h, na sede da Caixa, em Brasília.

 

Outros itens

A Contraf-CUT também cobrou outras pendências com a Caixa durante a negociação desta quarta-feira. Uma delas é a anistia geral dos dias parados na greve. O banco já garantiu que não haverá desconto, depois que os bancários pressionaram. Mas ainda não respondeu sobre a anistia.

 

Outro ponto cobrado foi que os empregados demitidos pela RH 008 e que se encontram em processo de reintegração sejam beneficiados pelas cláusulas do acordo coletivo deste ano. A Caixa ficou de analisar o assunto, devendo definir posição em breve.

 

A data para a assinatura do aditivo será agendada após a empresa encaminhar cópia da minuta para ser analisada pela Comissão Executiva.

 

A empresa comunicou que divulgará nesta quinta-feira, dia 19 de outubro, uma circular interna estabelecendo critérios para a conversão em espécie da licença-prêmio e Apips. Ficou definido ainda que as negociações permanentes serão retomadas tão logo o processo referente à campanha nacional unificada dos bancários seja concluído.

 

Fonte: Contraf-CUT, com informações da Fenae

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