O BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, anunciou a compra por R$ 418 milhões da parte podre do banco Bamerindus, que havia sofrido intervenção do Banco Central, em março de 1997, e encontrava-se nos livros do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Com a compra, o BTG terá 98% das ações do antigo banco do ex-senador e ex-ministro José Eduardo Andrade Vieira.
O principal interesse do BTG são os créditos fiscais do Bamerindus, estimados em R$ 1 bilhão, que poderão ser usados para abater a fatia de impostos a pagar do BTG, que é lucrativo.
Nos nove primeiros meses de 2012, o banco obteve um lucro de R$ 1,37 bilhão. A integração contábil do Bamerindus deverá levar seis meses.
Ao lado do carioca Nacional e do baiano Econômico, o paranaense Bamerindus foi um dos três grandes bancos a sofrer intervenção do Banco Central na esteira da queda da inflação provocada pelo Plano Real.
No caso do Bamerindus, além da perda dos ganhos com a inflação, o que comprometeu a saúde financeira da instituição, foram os pesados investimentos do grupo na empresa de papel Inpacel, que drenou recursos do banco e gerou um rombo estimado, à época, em R$ 4,2 bilhões.