O Sindicato dos Bancários de Brasília voltou às ruas nesta terça-feira 19 em mais um Dia Nacional de Luta no Santander e no Real para exigir do banco a melhoria na Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e o fim das demissões, que já atingiram cerca de 1.000 funcionários em todo o Brasil somente em 2009.
Foram feitos atos ao longo de todo o dia nas agências de ambos os bancos localizados nas vias W3 Sul e Norte e no Conjunto Nacional, onde diretores do Sindicato conversaram com os bancários, clientes e usuários sobre as reivindicações que estão na ordem do dia, explicando os interesses em jogo na queda-de-braço com o banco.
“Os bancários exigimos uma PLR mais justa para categoria, condizente com o empenho e dedicação de todos. Não dá pra ficar parado enquanto o banco faz manobras contábeis que escondem o seu lucro, diminuindo o valor do pagamento aos funcionários ao mesmo tempo em que diretores e executivos recebem bônus milionários”, denuncia a diretora do Sindicato e funcionária do Real, Rosane Alaby. “Ao restante dos trabalhadores, aqueles que realmente põem a mão na massa, fica a quantia irrisória da regra básica do benefício”, emenda o diretor da Fetec/Centro-Norte José Anilton.
Além disso, o alto número de demissões também vem preocupando. Levantamento feito pelo movimento sindical bancário mostrou que em um ano – de março de 2008 a março deste ano – o banco espanhol demitiu 3.300 trabalhadores no país. Somente em São Paulo, foram 900 dispensas no primeiro trimestre de 2009, número bem abaixo dos 50 desligados na Espanha.
A decisão do banco espanhol em eliminar postos de trabalho contribui para a precarização dos serviços, prejudicando os clientes, como mostra o ranking das reclamações do Banco Central. Além disso, a sobrecarga de trabalho pela falta de funcionários aumenta o número de lesões e adoecimentos entre os empregados.
