Aconteceu neste domingo 22, o I Congresso dos Financiários do DF, realizado no Teatro dos Bancários. “Não adiantou a pressão dos patrões para que os financiários e demais trabalhadores do segmento de crédito pessoal não participassem do evento. Agora, eles entraram na luta pra valer”, disse Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.
Com a presença do diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Miguel Pereira, os financiários debateram a situação da categoria e sua organização em Brasília com vistas ao I Encontro Nacional dos Financiários, dia 6 de julho em São Paulo. “Os empregados em empresas de crédito, financiamento e investimento deram uma demonstração de coragem e disposição de luta para enfrentar a exploração das financeiras e demais empresas de crédito. Porém, mais do que isso, estão percebendo a necessidade de se unir aos bancários e demais trabalhadores do ramo financeiro para fortalecer suas lutas e conquistas”, relatou Miguel Pereira.
O diretor considerou importante a mobilização do Sindicato de Brasília em realizar o Congresso. “É muito importante que os sindicatos façam eventos desse tipo para aproximar esses trabalhadores e debater os temas que são importantes para a campanha”, sustenta.
Negociação dia 25 não foi confirmada. Manifestação nacional dia 26 de junho
A negociação prevista para 25 de junho não foi confirmada pela Fenacrefi, entidade que representa as financeiras. “Fica evidente a necessidade de mobilizarmos a categoria e fazermos pressão para que as financeiras sentem na mesa para negociar.”, afirmou André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.
A Contraf/CUT está recomendando uma grande manifestação nacional para pressionar a Fenacrefi a apresentar propostas para a categoria. Entre as reivindicações constantes da minuta, alem do reajuste de 10,11%, destaca-se a demanda por abrangência e extensão da convenção, que determina que a convenção seja aplicada em todo o país para todos os trabalhadores do setor (financiários e registrados como promotores de vendas).
“Os grandes bancos, que controlam as principais financeiras, também tem que sentir a pressão do movimento sindical. Por isso, a importância da manifestação do dia 26 aqui em Brasília e no restante do país”, destacou Vicente Frazão, diretor do Sindicato. O chamado G7 das financeiras – que reúne Finasa (Bradesco), Aymoré Financiamentos (Real-ABN), Taií (Itaú), Losango (HSBC), Fininvest (Unibanco), Olé (Santander) e BV Financeira (banco Votorantim) – concentra cerca de 85% do setor, com marcada presença dos grandes bancos nacionais.