O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou nesta terça-feira (18) que o volume de vagas criadas em 2010 foi o melhor do governo Luiz Inácio Lula da Silva na geração de emprego com carteira de trabalho assinada. No ano passado, foram criados 2.524.678 postos de trabalho formal, já descontadas as demissões do período. No acumulado do governo Lula, houve a criação de 15.048.311 novas vagas com carteira assinada. Esse total representa ainda o melhor desempenho desde 1992, quanto teve início a série histórica.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelaram ainda que os empregos declarados pelas empresas de janeiro a dezembro somaram 2.136.947. Houve, no entanto, um volume de 387.731 vagas com carteira assinada que foi entregue pelas empregadoras fora do prazo ao longo do ano e contabilizado agora. Assim, o MTE chegou ao número total do ano.
O melhor ano do governo Lula até então havia sido 2007, com 1,6 milhão de vagas criadas no âmbito da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Com o impacto da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, 2009 amargou uma diminuição considerável do volume de novos postos. Foram gerados 995 mil empregos e os setores que mais contrataram foram serviços (500.177), comércio (297.157) e construção civil (177.185).
Apenas em dezembro, segundo o Caged, o número de demissões superou o de contratações em 407.510. Foram admitidos 1.230.563 trabalhadores e demitidos 1.638.073.
Os setores que apresentaram elevação no nível de emprego foram comércio (14.411) e serviços industriais de utilidade pública (557). A indústria de transformação foi o setor que apresentou a maior perda de postos de trabalho (152.987).
Os estados em geral apresentaram queda na criação de empregos. As maiores perdas se deram em São Paulo (159.579) e Minas Gerais (50.797).
Os estados com saldo positivo na geração de vagas foram São Paulo (277.573), Minas Gerais (90.608) e Rio de Janeiro (88.875).
Para 2011, a perspectiva do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, é de um novo recorde anual, com a geração de 3 milhões de novas vagas com carteira assinada. Também nesta terça-feira o ministro deve informar a nova metodologia de captação do mercado de trabalho pelas empresas.