(São Paulo) Ocorreu nesta quarta-feira, dia 18, na sede do Bradesco em Cidade de Deus, Osasco, na Grande São Paulo, reunião entre representantes do Sindicato dos Bancários do Ceará e da direção do Bradesco. Os bancários cobraram do banco o fim das demissões no Estado, especialmente entre os funcionários oriundos do Banco do Estado de Ceará (BEC), comprado pelo Bradesco em 22 de dezembro de 2005. Participaram da reunião Marcos Saraiva, presidente do Sindicato do Ceará, e os diretores Robério Ximenes, Erotildes Teixeira (ambos oriundos do BEC) e Carlos Henrique, além de Jorge Geraldo Palermo Ferraz, diretor executivo da Contraf-CUT. Pelo Bradesco, compareceram Eduara Cavalheiro, diretora de relações sindicais, e Luiz Bueno, diretor de recursos humanos.
De janeiro de 2006 até 12 de abril último, o Bradesco demitiu 217 funcionários, sendo que cerca de 200 vieram do antigo BEC. Os sindicalistas denunciam ainda a prática de assédio moral. O sindicato tentou realizar uma pesquisa sobre o tema, mas foi impedido nas agências do banco.
“Solicitamos a suspensão das demissões, mas o banco se negou a firmar qualquer pacto em relação a isso”, diz Robério Ximenes. Os representantes do banco disseram apenas que iriam estudar o por quê desse grande número de demissões. “Se o processo persistir, o sindicato buscará todos os meios, em nível nacional e local, para parar esse desmonte do antigo BEC. Não aceitaremos a maneira como os funcionários têm sido tratados”, defende Ximenes.
Saúde – Outra questão tratada foi a situação do Saúde Bradesco no Ceará. O Bradesco, que tinha 400 bancários do Bradesco no estado. Com a aquisição do BEC, houve incremento de 860 (total de 1.260). Mesmo com o triplo de funcionários, o quadro de médicos e hospitais credenciados permanece o mesmo. “Temos cidades no interior do estado onde não existia Bradesco e que no ano não ocorreu sequer um credenciamento, seja de médico ou hospital”, relata Robério. O banco ficou de estudar como resolver a situação.
Fonte: Contraf-CUT