Os funcionários do Bradesco são os principais prejudicados com a suspensão do atendimento médico ao plano de saúde do banco. Ciente disso, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, se reúne, na próxima segunda-feira (30), às 12h, com o presidente do Sindimed (Sindicato dos Médicos), Francisco Magalhães, para buscar uma solução que não cause danos aos segurados.
Os médicos do Estado suspenderam, desde a última quarta-feira (25), as consultas e exames dos usuários do plano, que agora têm de pagar do próprio bolso para ter atendimento garantido. Apenas casos de urgências e emergências estão mantidos.
A decisão foi tomada após a empresa se recusar a negociar os valores pagos pelas consultas. De acordo com o Sindimed, um raio-X de tórax e uma ultrassonografia custam R$ 5,00 e R$ 15,00, respectivamente, quando, segundo a Classificação Brasileira de Honorários Médicos, deveriam ser pagos R$ 30,00 e R$ 100,00.
Mas, não é de hoje que os segurados penam com o descaso do Bradesco Saúde. O plano é muito defasado e a cobertura não se modernizou conforme os avanços da medicina e dos novos procedimentos médicos. Resultado: os trabalhadores não conseguem atendimento em diversas especialidades.
O caso vem sendo denunciado pelo Sindicato há anos. Mas, infelizmente, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não fiscaliza, nem pune as empresas como realmente deveria, afinal apenas suspender a comercialização dos planos que desrespeitam o consumidor, não resolve o problema. É preciso medidas severas.