A grande imprensa publica hoje várias reportagens sobre o interesse do Bradesco em comprar o HSBC. A informação é que o banco brasileiro teria oferecido US$ 3,4 bilhões pelo HSBC, na frente do Santander e do Itaú. A Contraf-CUT e os sindicato dos Bancários de São Paulo e de Curitiba se reunirão com a direção do HSBC nesta quarta-feira (10) às 17h30, em São Paulo, para discutir a venda do banco inglês e o risco de demissão para os trabalhadores no Brasil
A Confederação entrou em contato nesta terça-feira (9) com o presidente do banco no Brasil, André Brandão, o qual negou demissões, mas confirmou que o banco encerrará suas atividades no País. Brandão disse para os dirigentes da Confederação que o banco reduzirá em 50 mil o número de seus funcionários no mundo, mas não fará demissões. Esses trabalhadores deixariam de pertencer aos quadros do HSBC e, depois da venda consolidada, integrariam a nova instituição bancária controladora. “Nossa preocupação é com a manutenção do emprego”, enfatizou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
Nesta terça feira (9), também ocorreram paralisações de funcionários do HSBC em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Salvador, entre outras regiões. Essas manifestações ajudaram a reabrir as conversas com a direção do banco.
Entre as várias reportagens publicadas hoje sobre a venda do HBSB ao Bradesco, destaca-se a do site Brasil 247.
Veja a reportagem:
Brasil 247 – O HSBC confirmou nesta terça-feira que deixará o Brasil e a Turquia, em um plano de reestruturação que vai suprimir 50 mil postos no mundo. Na disputa pela carteira de negócios do banco britânico, o Bradesco saiu na frente com uma oferta de US$ 3,4 bilhões pelo banco britânico, na frente do Santander e do Itaú.
O HSBC é um dos dez maiores players no Brasil, sendo o sétimo maior banco em atuação no País com 2,2% de participação no mercado de ativos e 1,9% dos empréstimos e com 853 sucursais, correspondendo a 3,7% do sistema.
O banco possui ainda R$ 57 bilhões em depósitos para uma cota de mercado de 2,9%. A carteira de crédito do banco é composta principalmente por empréstimos comerciais (70%), enquanto empréstimos a pessoas físicas correspondem a 22% e 8% são hipotecas. Estima-se um valuation potencial dos ativos do banco de R$ 10 bilhões a 14 bilhões (US$ 3,5 bilhões a US$ 4,6 bilhões).
Para o Bradesco, além de ter uma oportunidade de se aproximar mais do Itaú em termos de ativos, a compra teria especial importância em termos das sinergias que pode trazer ao banco. O Bradesco teria especial interesse na carteira de clientes de alta renda e na financeira Losango.