(Bauru) No dia 11 de abril, a agência do Bradesco localizada na esquina da Ezequiel Ramos com a Agenor Meira, em Bauru, foi multada pelo Ministério do Trabalho através do auditor fiscal médico Sérgio da Silva Branco. A fiscalização foi requisitada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A causa da multa foi a ausência de pausas para os caixas, que digitam durante toda a jornada de trabalho, o que provoca LER/Dort (Lesão por Esforços Repetitivos (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
Toda essa história começou com denúncia apresentada pelo Sindicato dos Bancários de Bauru e Região ao MPT acerca da grande quantidade de casos de LER/Dort no Bradesco e da falta de uma política eficaz de prevenção.
O Ministério Público instaurou procedimento para apurar e determinou a realização de fiscalização das condições de trabalho. Um dos pontos verificados pelo auditor fiscal é ausência de pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, conforme determina a legislação.
Para o sindicato, é fundamental que sejam evitados casos de LER/Dort e que os portadores da lesão não sejam discriminados, nem sofram retaliações.
Depois do Bradesco, outros bancos também serão alvos de fiscalizações. O intuito é evitar novos casos da doença e proteger direitos dos bancários. Os bancos estão lucrando como nunca e, portanto, devem criar mecanismos eficientes para que os bancários não sejam prejudicados.
A LER/Dort, dentre outros motivos, é causada por esforços repetitivos. Quando aliados a pressão por metas, assédio moral, etc., a probabilidade de adquirir a lesão é ainda maior. Aliás, os bancos são campeões em quantidade de trabalhadores acometidos por LER/Dort segundo pesquisa recente da Universidade de Brasília. Isso ocorre porque o cotidiano da maior parte das agências é estressante, com muita digitação, imposição de metas, assédio moral, etc.
Fonte: Seeb Bauru