Bradesco é nona marca de banco mais valiosa, aponta ranking da The Banker

Ana Paula Ribeiro
Agência Estado

O Bradesco conquistou a melhor classificação entre as instituições financeiras brasileiras em valor de mercado, ocupando a nona colocação no ranking (Global Banking 500) feito pela Brand Finance em parceria com a revista inglesa The Banker. É a primeira vez que um banco da América Latina fica entre os dez primeiros colocados.

O Bradesco avançou três posições, com a marca avaliada em US$ 13,299 bilhões. A liderança permanece com o britânico HSBC, com US$ 28,472 bilhões. O levantamento considera apenas as instituições financeiras de capital aberto.

Esse ranking é feito anualmente e tem como objetivo mensurar a força da marca de uma instituição. Para atribuir um valor a cada marca, a Brand Finance verificou seis grupos de indicadores (produtos e serviços; canais de distribuição; valor percebido dos produtos; atributos corporativos; marketing e comunicação; pós-venda).

A posição alcançada pelo Bradesco é reflexo da crise financeira que se agravou a partir da quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008. O sócio da Brand Finance para América do Sul, Gilson Nunes, lembra que os bancos brasileiros se mostraram mais sólidos durante esse período em relação a instituições dos EUA e Europa. “A confiança nesses bancos foi menos afetada, o que contribuiu para a elevação do valor da marca”, explicou.

Apesar da boa colocação do Bradesco e do ganho de posições por outras instituições brasileiras, o executivo da Brand Finance não acredita que esse desempenho irá se repetir no próximo ano. Nunes prevê que os bancos dos EUA, principalmente, irão recuperar posições. “Os grandes bancos estrangeiros com presença global tendem a valorizar suas marcas no pós-crise”, avalia.

Fora da lista dos dez maiores, outros bancos brasileiros também tiveram ganhos de posição. O Brasil passou a contar com dez empresas no ranking, ante oito do levantamento anterior, e o valor da marca das instituições financeiras brasileiras chegou a US$ 30,16 bilhões, um crescimento de 65%.

O Banco do Brasil (BB) avançou dez colocações, chegando ao 26º lugar, com uma marca estimada em US$ 6,692 bilhões. A marca do Banco do Nordeste foi avaliada em US$ 220 milhões, o que fez o banco passar da 455ª colocação para a 349ª.

A BM&FBovespa entrou no ranking pela primeira vez, chegando à 398ª colocação, com US$ 176 milhões de valor de mercado. O mesmo ocorreu com a Redecard (US$ 159 milhões e 419ª colocação) e o BicBanco (US$ 118 milhões e 490º lugar).

Por outro lado, algumas instituições brasileiras perderam posições. É o caso do Itaú, que caiu da 22ª colocação para a 25ª, com valor de mercado de US$ 6,911 bilhões, e o Unibanco, com US$ 1,859 bilhão, o que o coloca em 80º lugar, ante a 68ª colocação do ranking anterior. Nunes lembra que, apesar da fusão, a holding Itaú Unibanco trabalha em separado com essas duas marcas.
Também registrou queda de posição no ranking o Banrisul, que passou da 307ª para 311ª colocação. A Nossa Caixa se manteve na 232ª posição. O Panamericano, que no levantamento anterior ocupava a 498ª colocação, ficou de fora do ranking.

OS MAIORES

1. HSBC (Reino Unido): US$ 28,47 bilhões
2. Bank of America (EUA): US$ 26,04 bilhões
3. Santander (Espanha): US$ 25,57 bilhões
4. Wells Fargo (EUA): US$ 21,91 bilhões
5. Citi (EUA): US$ 14,36 bilhões
6. BNP Paribas (França): US$ 14,06 bilhões
7. Goldman Sachs (EUA): US$ 13,88 bilhões
8. Chase (EUA): US$ 13,40
9. Bradesco (Brasil): US$ 13,29 bilhões

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