Bradesco e Itaú Unibanco anunciam redução nas taxas de juros aos clientes

O Bradesco e o Itaú Unibanco anunciaram nesta quarta-feira (18) cortes dos juros, após a decisão do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do HSBC e do Santander de reduzir as taxas, nos últimos dias. As novas taxas de juros e limites, sujeitos a aprovação de crédito, entram em vigor na próxima segunda-feira (23).

Bradesco

A taxa mínima do crédito pessoal cairá de 2,66% para a partir de 1,97% ao mês. Na linha CDC Bens, a taxa será reduzida de 3,54% para a partir de 2,97% ao mês. No caso do financiamento de veículos, a taxa, que era 1,35%, passará a ser a partir de 0,97% ao mês.

Nas operações de crédito consignado para os aposentados, o Bradesco reduziu a taxa de 1,32% para a partir de 0,9% ao mês.

Os cartões de crédito emitidos em parceria com redes varejistas terão taxas para parcelamento com juros a partir de 2,49% ao mês, com prazo de até 24 meses.

Além da redução das taxas, o Bradesco informou que ampliou o limite de crédito em mais R$ 15 bilhões, sendo R$ 9 bilhões para pessoas físicas e R$ 5 bilhões para pessoas jurídicas.

Para as micros e pequenas empresas, a instituição criou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para capital de giro e CDC destinados à aquisição de máquinas e equipamentos. A taxa para essa linha ficará em 2,9% ao mês.

O Bradesco informou também que R$ 6 bilhões de limite de crédito ficarão à disposição dos bancos ligados às montadoras de veículos. “A medida visa a incrementar a produção e a comercialização de automóveis, um setor de grande importância na cadeia de produção do país”, diz o banco, em nota.

De acordo com a instituição, as medidas anunciadas hoje estão “em consonância com os objetivos de estímulo ao crescimento econômico”.

O Bradesco disse ainda, na nota, que “continua mantendo estudos em diversas modalidades de crédito, observando o perfil de risco dos tomadores de crédito e ressaltando a importância do crédito responsável, evitando o endividamento excessivo e, portanto, [buscando] a saúde financeira de seus clientes”.

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco também decidiu reduzir as taxas de juros a seus clientes. A decisão foi anunciada, logo após divulgação de cortes de juros pelo Bradesco.

No caso do financiamento de veículos, a taxa mínima sofrerá redução de 8% e será de 0,99% ao mês. A taxa será válida para clientes correntistas há mais de um ano, em operações com 50% de entrada e parcelamento em até 24 meses. Nos empréstimos consignados para beneficiários do INSS, a taxa mínima foi reduzida para 0,89%, e a máxima, para 2,2% ao mês.

O Itaú também lançou um pacote para clientes que recebem salário em conta corrente do banco. “Ao aderir a esse pacote, o cliente tem acesso a taxas de juros reduzidas, maior número de transações bancárias incluídas, além de passar a receber mensagens de texto SMS que o ajudarão a controlar melhor suas movimentações financeiras.” O banco informou que esse pacote estará disponível em todas as agências a partir de 2 de maio.

De acordo com o Itaú, os juros para os clientes que optarem por esse novo pacote terão redução de até 47%. É o caso da taxa mínima do cheque especial, que será reduzida para 1,95% ao mês. No cartão de crédito, o rotativo passará a ter taxas mínimas a partir de 3,85% ao mês.

De acordo com o banco, para os clientes que aderirem ao pacote e usarem mais de 50% do limite do cheque especial ou do rotativo do cartão de crédito por três meses consecutivos, o banco oferecerá parcelamento do saldo com taxa a partir de 4% ao mês, em até 24 meses.

Para as micro e pequenas empresas clientes do Itaú, haverá reduções nas taxas mínimas do cheque especial, por exemplo. Nesse caso, os juros cairão 66% – a partir de 1,95% ao mês. No capital de giro, os juros serão a partir de 1,14% ao mês, em desconto de duplicatas e cheques, a partir de 1,29% ao mês. E, na antecipação de recebíveis de cartões, a taxa mínima passa a ser de 1,05% ao mês.

Em nota, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirma que os cortes estão “em linha com as reduções da taxa básica de juros pelo Banco Central e com o cenário de crescimento econômico positivo para o país no segundo semestre de 2012”. Setubal acrescenta que “desta forma, com a redução dos spreads [diferença entre taxa de captação e a cobrada dos clientes], acreditamos que damos mais uma contribuição para o processo de transformação e desenvolvimento nacional”.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez duras críticas aos bancos privados por não reduzirem as taxas de juros e cobrarem altos spreads. No início do mês, instituições financeiras públicas – como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal – anunciaram redução dos juros de linhas de crédito.

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