Bradesco e Itaú sobem em ranking de valor de marca

Os bancos brasileiros estão entre as 35 instituições financeiras com as marcas mais valiosas do mundo, segundo estudo da consultoria de imagem Brand Finance. A pesquisa mostrou um estrago sem precedentes nos valores agregados à imagem pública e à credibilidade do setor bancário.

Na pesquisa, o nome Bradesco vale US$ 7,698 bilhões e figura no 12º lugar, superior ao de casas bancárias centenárias como Crédit Suisse (US$ 7,688 bilhões), Barclays (US$ 7,583 bilhões) e Deutsche Bank (US$ 6,703 bilhões). A marca Itaú -ainda sem o Unibanco- é avaliada em US$ 5,593 bilhões, acima de Morgan Stanley (US$ 4,775) e Sumitomo (US$ 3,428 bilhões). O nome Banco do Brasil vale US$ 2,864 bilhões.

O levantamento feito pela Brand Finance, em parceria com a revista inglesa “The Banker”, também aponta que bancos estrangeiros como o Citi, Lloyds e Royal Bank of Scotland (RBS), além de perderem com a queda das ações, tiveram as marcas desvalorizadas.

Na pesquisa, a marca Citi encolheu 64,7%, passando de US$ 27,817 bilhões para US$ 9,810 bilhões de 2008 para 2009. O Merrill Lynch, que foi vendido para o Bank of America, perdeu 70% do valor de sua marca. Lehman Brothers e Fannie Mae foram excluídos da lista.

Por outro lado, bancos de mercados emergentes como os brasileiros, subiram no ranking. “Por questões estruturais e melhor preparação, os bancos brasileiros foram menos afetados, apesar de estarem sofrendo com o aperto de liquidez internacional. Mas vários deles registram aumento de depósitos por causa da confiança, que fortalece as marcas”, disse o presidente da Brand Finance para a América Latina, Gilson Nunes.

O ranking é liderado, pelo segundo ano, pelo HSBC (US$ 25,364 bilhões) e pelo Bank of America (US$ 21,017 bilhões). O Santander permaneceu na quarta posição, com nome valendo US$ 10,840 bilhões.

Com a crise, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil saltaram no ano passado do 42º, 54º e 45º lugares, respectivamente, para 12º, 21º e 35º na lista das 500 marcas mais valiosas do setor.

Poucos bancos tiveram uma valorização de sua marca em 2009, com destaque para os brasileiros, chineses e indianos. No total, as marcas dos 500 maiores bancos encolheram US$ 218,1 bilhões -32% em relação à pesquisa anterior. No mesmo período, o valor de mercado das 500 maiores instituições recuou 51%, o equivalente a US$ 3,9 trilhões.

“O valor das marcas caiu menos que o valor desses bancos. Isso significa que marcas como Citi, HSBC, Barclays foram arranhadas, mas continuam fortes. Têm ainda credibilidade para ajudar essas empresas a superar as dificuldades atuais”, disse Gilson Nunes, presidente da Brand para América do Sul.

Para calcular o valor da marca, a consultoria utiliza técnicas semelhantes às do cálculo do valor de uma empresa, baseadas no fluxo de caixa futuro descontado, porém associado a investimentos e despesas como propaganda, registro de patentes e propriedade intelectual.

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