Em visita às novas agências do Bradesco na Zona Oeste (Campo Grande, Santa Cruz, Bangu, Realengo e Padre Miguel), o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro constatou que o banco viola normas básicas de segurança, além de desrespeitar clientes e usuários que enfrentam um ambiente no mínimo insalubre. Todas foram inauguradas sem estarem completamente prontas, um absurdo que deixa claro a ganância do banco.
As novas agências estão sendo instaladas às pressas para responder à demanda de depósitos e pagamentos que será criada a partir 2012, quando a conta do governo estadual será transferida do Itaú para o Bradesco. A diretoria do banco, mostrando total irresponsabilidade com a saúde dos bancários, decidiu fazê-las funcionar, antes mesmo de terem condições para isso.
Nota zero
A diretoria do Bradesco provavelmente imagina, ainda, que pode atender os correntistas em unidades desprovidas de câmeras de segurança, ou com apenas dois vigilantes, que trabalham sem cabine de proteção e que sequer podem sair para almoçar para não deixar o posto desguarnecido.
Outra mostra do descaso do banco com a vida de bancários e clientes é que nenhuma das agências possui porta giratória, apesar de ser exigida por lei municipal.
“A verdade é que o Bradesco está economizando com a vida das pessoas. Parece que só vai se preocupar em implantar um sistema de segurança adequado quando acontecer alguma fatalidade”, denunciou o diretor da Contra-CUT e do Sindicato, Geraldo Ferraz. Ele frisou que nada disso se justifica, ainda mais sendo o Bradesco o segundo maior banco privado do país.
Sem porta giratória, qualquer um entra na agência e já se depara com os bancários, ou seja, a segurança é zero. Além disso, o atendimento está sendo compartilhado com o andamento de obras. Em diversas unidades, os bancários, principalmente os da retaguarda, respiram poeira e sofrem com o barulho das obras.
“O Sindicato vai exigir condições dignas de trabalho, segurança e atendimento para os bancários e clientes nessas novas agências. Este desrespeito não pode continuar”, afirmou o diretor do Sindicato, Carlos Broca.