Bordini, acusado de improbidade pelo MPF, diz que não sai do Banrisul

Acusado pelo Ministério Publico Federal em ação de improbidade administrativa, o vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, disse na terça-feira, dia 11, após a divulgação do balanço do banco, que não pretende se desligar do cargo, apesar das manifestações promovidas pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Federação dos Bancários do RS e sindicatos do Interior. A decisão está publicada na coluna de Taline Opptiz, edição desta quarta-feira, dia 12, do Correio do Povo.

No entendimento das entidades presentes ao ato em frente à sede do Banrisul no dia 7, o afastamento de Bordini é a atitude mais recomendável para evitar que o nome do Banrisul seja envolvido neste mar de corrupção comandado pela governadora Yeda Crusius.
Bordini, Yeda e mais sete ocupantes de cargos públicos foram citados pela ação do MPF. O economista foi o tesoureiro na campanha eleitoral de 2006, que levou a tucana ao Palácio do Piratini.

Na manifestação em frente ao Banrisul, o presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo, lembrou a luta dos bancários em defesa do Banrisul público e a serviço dos gaúchos. “Nesta situação de denúncias e acusações pedimos ao vice-presidente que respeite à instituição e seus funcionários, que não podem ser envolvidos neste mar de lamas”, afirmou.

“O Bordini não tem condições de continuar à frente do Banrisul, um banco que precisa ter, acima de tudo, credibilidade no mercado e transparência junto aos clientes. Respeite a luta do povo gaúcho, pede pra sair e vá se defender das acusações do MPF.”

Já o secretário-geral do SindBancários e funcionário do Banrisul, Fábio Soares Alves, destacou que uma pessoa acusada de improbidade administrativa não pode ocupar um cargo tão importante em uma instituição de 81 anos. “Estamos aqui na frente do banco para pedir em alto em bom som: Sai, Rubens Bordini.”

Quem é Rubens Bordini

Ex-aluno de Yeda, o economista sempre atuou como tesoureiro das campanhas da governadora. Para o MPF, ele participou do esquema na “condição de recebedor de valores indevidos destinados à ré Yeda Crusius”. O envolvimento teria se iniciado na campanha de 2006.

A ação diz que ele teria atuado diretamente na fraude do Detran ao menos uma vez, quando recebeu propinas, conforme diálogos entre Lair Ferst e Marcelo Cavalcante, ex-assessor morto em fevereiro.

Veja a nota publicada no Correio do Povo:

BORDINI FICA

O vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, não pretende se afastar do cargo. A declaração foi feita após a divulgação do balanço financeiro da instituição. “Não devo nada para ninguém. Sempre fiz o meu trabalho. Em 12 anos de Banrisul, meu nome nunca foi ligado a nenhuma irregularidade e tenho apoio da diretoria e de meus colegas”, declarou Bordini, um dos nove acusados pelo MPF. A permanência de Bordini foi garantida ainda pelo presidente do Banrisul, Fernando Lemos. “Ele tem toda a confiança e continua conosco.”

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