A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse nesta quinta-feira (5) na Assembleia Legislativa de São Paulo que o Brasil foi o único país que uniu, nos últimos anos, crescimento econômico e distribuição de renda. Segundo ela, o Bolsa Família e a valorização do salário mínimo em 72% acima da inflação foram fundamentais para se chegar a esse resultado, além da criação de mais de 20 milhões de empregos formais no período.
“O Bolsa Família é parte de um projeto de desenvolvimento com inclusão. Ele não foi feito para que tivesse impacto na economia, mas ajudou o Brasil a enfrentar a recente crise internacional”, afirmou Tereza Campello. Para cada R$ 1 investido no programa, há retorno de R$ 1,78 no Produto Interno do Bruto (PIB) brasileiro, segundo o governo.
A ministra esteve na Assembleia para participar das comemorações dos dez anos de implementação do programa, em sessão solene proposta pelo deputado Luiz Claudio Marcolino, líder do PT na Assembleia. “Nenhum programa teve tanto impacto na transformação do Brasil”, afirmou o petista, após apresentar dados que mostravam a melhoria de indicadores nacionais a partir do programa de transferência de renda.
De acordo com a ministra, nos últimos dez anos, a renda entre os 20% mais pobres da população cresceu 6,4%, mais que os 2,5% dos 20% mais ricos. Atendendo 13,8 milhões de famílias em todo o Brasil, contra 3,6 milhões em 2003, “o Bolsa Família levou 36 milhões de pessoas a ficarem acima da linha de pobreza”, disse Tereza Campello.
Ela destacou também a taxa de permanência de crianças nas escolas. O pagamento do Bolsa Família é vinculado à frequência escolar. “São 16 milhões de crianças que têm a frequência escolar acompanhadas mensalmente, 1,4 milhão delas só em São Paulo”, disse Tereza.
“Nenhum programa teve tanto impacto na transformação do Brasil”, disse Marcolino. Segundo ele, o Bolsa Família representa “uma revolução contínua e silenciosa” no país.
O Bolsa Família foi lançado a partir da Lei 10.836/2004 e beneficia 13,8 milhões de famílias no Brasil ou cerca de 50 milhões de pessoas.