A rodada de negociação ocorrida entre a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Negociação, com o BNDES nesta quinta-feira (28), na sede do banco, no Rio de Janeiro, foi frustrante. Os representantes da Área de Recursos Humanos (ARH) se limitaram a reafirmar que quanto às cláusulas econômicas será aplicado o mesmo índice conquistado pela categoria junto à Fenaban, que foi de 8%.
Para as outras reivindicações específicas (reajuste salarial especial de 8,1% em substituição ao pagamento de gratificação salarial, ampliação da gratificação de férias, correção da curva salarial de nível médio do PCS e curso de idiomas), o banco disse que ainda não tem posicionamento.
“O banco frustrou os funcionários, pois hoje, quando já estamos quase iniciando o mês de dezembro, a expectativa era que o BNDES apresentasse uma proposta global para apreciação das assembleias dos sindicatos, o que contemplaria também uma proposta para a GEP Carreira”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
Após a pressão realizada pelas entidades, o banco fez uma nova apresentação do já consensuado na diretoria da instituição a respeito da GEP Carreira.
“Quando nos entregou essa apresentação, foi dito que não era uma negociação, nem mesmo se tratava de uma proposta e que seria necessária uma rodada formal para isso. Era o que esperávamos e isso não ocorreu. Avaliamos como um grande desrespeito com a Comissão de Negociação e o corpo de funcionários”, protesta Miguel.
A Contraf-CUT apresentou a reivindicação de que o BNDES formalize a proposta em mesa de negociação, para que sejam tratados os pontos já identificados com necessidade de revisão.
“Para que seja preservado o princípio da boa fé, com o qual foi firmada a cláusula 22ª do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que determinava o dia 1º de julho deste ano para o início da implantação, propomos que seja ratificada essa data para início dos efeitos econômicos para a transição para o novo PCS, e não 1º de julho de 2014, como consta na apresentação proposta”, destaca Miguel.
Os representantes da ARH ficaram de encaminhar essa proposta para diretoria do banco e nova rodada ficou agendada para o dia 9 de dezembro.
Após a negociação, os integrantes da Comissão de Negociação avaliaram que somente a intensificação das mobilizações irá alterar esse comportamento desrespeitoso do banco.
A Contraf-CUT orienta que os sindicatos filiados convoquem assembleias para o próximo dia 3 de dezembro, a fim de explicar aos bancários o que está ocorrendo e aprovem planos de luta, e mobilizações. Mais informações serão enviadas através de comunicados aos sindicatos.