O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mais uma vez, se mostrou irredutível na reunião com a comissão de negociações dos funcionários impedindo que as partes chegassem a um acordo para definir a Campanha Nacional dos Bancários e a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico do banco. Proposta vai a votação por sistema eletrônico nesta terça-feira (1/9) em assembleia que acontecerá de 17h às 23h.
“O banco insiste nos ataques a vários direitos conquistados com muita luta e participação dos trabalhadores do BNDES”, disse o vice-presidente e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção.
Direito de defesa
A proposta do banco modifica a cláusula que garante o direito ao contraditório nos casos de desligamento pelo banco, ao dispensar vários procedimentos que a direção é obrigada a cumprir antes de efetivar o desligamento. “O banco fez uma nova redação retirando as travas e proteções, facilitando os ataques ao funcionalismo”, explicou Vinícius.
Mais ataques
O banco também retira uma cláusula importante para possibilitar mudanças no estatuto da Fundação de Assistência e Previdência Social (Fapes) do BNDES, limitando o poder dos trabalhadores, e ataca frontalmente direitos de organização e democracia dos trabalhadores, ao retirar do ACT o direito à reunião e o acesso dos dirigentes das associações ao quadro funcional, além de retirar o desconto das mensalidades em folha e cortar as liberações para o trabalho sindical.
“As alterações propostas pelo banco preparam ataques futuros aos direitos dos funcionários e desestrutura as entidades que podem resistir aos ataques do banco. Por isso, orientamos a votação contrária à aprovação da proposta do banco”, explicou o vice-presidente da Contraf-CUT.