Os funcionários do BNDES decidiram em assembleia realizada na última quinta-feira (15), no térreo do Edserj, no Rio de Janeiro, fazer greve de 24h nesta terça-feira (20) e de 48h em 27 e 28 de outubro, em protesto contra a posição intransigente da direção do banco nas negociações para a renovação do acordo específico.
A pauta de reivindicações foi entregue ao BNDES há um mês e meio, mas o banco se mantém em silêncio, limitando-se a informar que possui orientação do governo de seguir o índice da proposta apresentada pela Fenaban.
A última rodada de negociação foi no dia 8, quando o banco insistiu na mesma posição: "É muito ruim o BNDES não ter proposta para as reivindicações. Por isso os funcionários resolveram, a partir da orientação de seus representantes na mesa de negociação, não aceitar passivamente esta situação e intensificar a mobilização, se juntando ao movimento grevista do restante da categoria", afirma Carlos de Souza, secretário geral da Contraf-CUT, que participou da negociação.
A proposta de reajuste apresentada pelos banqueiros é de 5,5%, muito abaixo da inflação (9,89%), e abono de R$ 2.500,00 foi rejeitada pela categoria, motivo pelo qual os bancários de todo o país estão em greve desde o último dia 6.