O BNDES finalmente apresentou para a Contraf-CUT, durante reunião com a Comissão de Negociação no último dia 14, um esboço do que poderá vir a ser a GEP- Carreira (PCS), informando não se tratar de uma proposta, que faltam ainda muitos acertos, além das tratativas governamentais para as autorizações finais.
A Contraf-CUT havia se reunido no dia 16 de outubro com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para cobrar uma posição da empresa, uma vez que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2012/2014 previa expressamente a data de 1º de julho de 2013 para início da sua implantação. Nas negociações para a revisão das cláusulas econômicas, quando indagada, a Área de Recursos Humanos (ARH) do banco dizia não ter uma posição oficial a apresentar.
Ao expor o esboço, a ARH declarou não se tratar ainda de uma proposta, por estarem pendentes questões jurídicas e sobre os impactos previdenciários, mas que os principais itens divulgados aos funcionários em 2011 estavam preservados.
O banco promoveu duas apresentações ao funcionalismo: ontem (18) e nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro. Houve também transmissão aos demais empregados de outros estados. A ideia é que seja disponibilizado na intranet um link com essas informações.
De posse desse conteúdo, o próximo passo da Comissão de Negociação será agendar brevemente uma nova rodada com o banco para debater o documento apresentado e as demais questões da revisão do ACT.
“O processo está muito atrasado porque o ACT previa o dia 1º de julho de 2013 para o início da implantação da GEP-Carreira e agora o banco apresenta a data de junho de 2014 para essa etapa. Isso preocupa, porque é a principal demanda do funcionalismo e os prazos estão estrangulados, sendo que a legislação eleitoral, a partir dessa data, proíbe a implantação”, critica Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
A Contraf- CUT encaminhou o documento para ser analisado pelo Dieese e repassará as informações à Comissão de Negociação assim que a avaliação estiver concluída.