(Fortaleza) A primeira rodada de negociação da pauta específica envolvendo a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB/Contraf-CUT) e a direção do banco foi decepcionante. Após 15 dias da entrega da pauta complementar com a definição de treze cláusulas a serem inicialmente negociadas, a Superintendência de Desenvolvimento Humano disse não ter resposta para as reivindicações, pois não havia entendido que as treze questões estariam em discussão. A CNFBNB/Contraf-CUT protestou afirmando que o posicionamento do banco era um desrespeito ao processo negocial. A reunião ocorreu nesta quinta-feira, dia 14, em Fortaleza.
O acordo de que seriam inicialmente discutidas 13 cláusulas da pauta escolhidas em função da governabilidade que o Banco teria sobre elas e tinha por fim agilizá-las. A negociação, não sendo possível seguir o acertado, iniciou-se pela análise das quatro primeiras cláusulas da pauta: Licença-prêmio, isonomia de tratamento para novos funcionários, plano de previdência complementar e comissão paritária – CIN-Pessoal. De uma maneira geral, as cláusulas voltarão à mesa na próxima rodada, quando serão apresentadas contrapropostas. "Vir para a mesa de negociação sem dar a atenção devida ao que foi acertado é um descaso com as entidades", afirma Marcos Vandaí, representante da Contraf-CUT.
Para evitar esses "mal-entendidos" já foram definidos os pontos que serão discutidos na próxima rodada, marcada para o dia 6 de outubro, em Fortaleza, ocasião em que o Banco também irá apresentar os pontos que considera prioritários para a instituição. As cláusulas a serem discutidas são a segunda (isonomia), terceira (plano de previdência complementar), sétima (ponto eletrônico), décima nona (vale-transporte), vigésima (diretor-representante), vigésima oitava (plano de funções), trigésima (plano de custeio da Camed) e trigésima terceira (revisão do plano BD da Capef).
Mesa única
A CNFBNB reafirmou suas posições e cobrou do Banco uma definição quanto à adesão oficial à mesa única na Fenaban. Segundo Zilana Ribeiro, o posicionamento do Banco é no sentido de aderir à mesa única, "no que for possível e no que for cabível". Questionada acerca dessas variantes, ela afirmou que o diálogo do Banco com o Governo é no sentido de adesão, mas que ainda não está acertado oficialmente. Na próxima rodada já deve trazer um posicionamento definitivo.
Passivos
A Contraf-CUT exigiu que o Banco resolva com a maior brevidade possível a ação da data habitual da Bahia, desde o ano passado considerada prioridade pelo Banco, mas não equacionada até hoje.
Demissões em Pernambuco
A Comissão informou que o Sindicato de Pernambuco está prestes a divulgar campanha publicitária, sobre o caso dos dois colegas de Recife, recentemente demitidos. Diante do possível desgaste para o Banco, foi proposto a reabertura do diálogo, a fim de se resolver o assunto administrativamente. A superintendente de DH do Banco, Zilana Ribeiro, informou que a questão só poderia ser tratada agora pelo departamento jurídico. A Comissão deixou claro que tão logo a campanha seja deflagrada, todos os demais sindicatos com BNB na base serão orientados a aderir e fortalecer o movimento.
Participaram da reunião José Frota de Medeiros, Francisco de Assis Araújo, Carmem Araújo, Adons Oliveira (pela AFBNB), Tomaz de Aquino (coordenador da CNFBNB, representando também o SEEB/CE) Marcos Vandaí (Contraf-CUT), Eduardo Navarro (FEEB/BA e SE), Miguel Nóbrega (AABNB), Antônio Galindo (SEEB-BA), Marcos Henrique (SEEB-PB), Jairo Luiz (SEEB-AL). Pelo Banco: Zilana Ribeiro (Superintendente de Desenvolvimento Humano), João Almeida (Jurídico), Eline, Rosana e Marcius Virgilius (assessoria da Super DH).
Fonte: CNFBNB