Blogueiro critica mídia que não dá manchete para queda do trabalho informal

O jornalista, escritor, blogueiro e coordenador do Barão de Itararé, Altamiro Borges, divulgou artigo criticando a mídia que não destacou a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, “mostrando que o trabalho informal atingiu o índice mais baixo da história recente do País – equivalente a 16,2% do Produto Interno Bruto”.

“E ainda há gente que acredita na tal ‘neutralidade’ da mídia privada. Diferente de Rubens Ricupero, ex-ministro de FHC, ela esconde o que é bom e destaca o que julga ser ruim no atual governo”, salienta o blogueiro.

Leia a íntegra do artigo de Altamiro Borges:

Não dá manchete

O Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, divulgou pesquisa mostrando que o trabalho informal atingiu o índice mais baixo da história recente do País – equivalente a 16,2% do Produto Interno Bruto. No reinado neoliberal de FHC, a informalidade bateu recordes, em consequência do aumento do desemprego e da queda da renda dos trabalhadores.

A imprensa, porém, evitou dar destaque para esse importante avanço social dos últimos dez anos. Os “urubólogos” que habitam as redações dos jornalões e das emissoras de tevê e rádio não fizeram escarcéu sobre tal conquista.

O Estadão não deu chamada de capa, mas publicou notinha sobre o estudo. Reconheceu que “o contínuo encolhimento da economia informal na década passada, que trouxe para a legalidade milhões de empreendedores e trabalhadores, com ganhos sociais e econômicos para todos, foi estimulado pelo crescimento do PIB e crescente oferta de crédito”. Ele não fez elogios aos governos Lula e Dilma, nem às políticas de valorização do salário ou aos programas de distribuição de renda. Mas reconheceu o avanço, especialmente num período em que o capitalismo mundial passa por profunda crise.

“Há cerca de uma década, mais de metade da população empregada não tinha registro em Carteira, o que, de um lado, excluía os trabalhadores nessa situação dos benefícios de que desfrutam os empregados formais e, de outro, reduzia a arrecadação dos tributos sobre a folha. Era um quadro ruim, pois a informalidade resulta em piores condições de vida para os trabalhadores, menor disponibilidade de recursos para o governo fazer os investimentos que a população espera e menos estímulos para a produtividade e competitividade das empresas, confessou o jornal, que nunca escondeu a sua simpatia pelos tucanos e o seu ódio ao chamado lulopetismo.

Risco de demissão

O Banco Central divulgou outro importante estudo, que comprova a acentuada queda do risco de demissões nos últimos dez anos. A Folha tucana deu uma notinha: A pesquisa mostra que as chances de um trabalhador perder ou deixar o seu emprego caiu drasticamente nos últimos anos. Já a probabilidade de um desempregado achar ocupação aumentou, porém, de maneira modesta… A probabilidade de desligamento no mês subsequente ao da pesquisa caiu 61% desde o fim de 2003, de 2% para 0,8% no final de 2013. A chance de encontrar emprego subiu 3,2% no mesmo período”.

Cenário bem diferente daquele vivido por milhões de trabalhadores sob FHC. A queda das demissões nos últimos anos ajuda a explicar a redução de 81% no nível de dezembro entre dezembro de 2003 e o fim de 2013. No período pesquisado pelo Banco Central, a taxa de desemprego caiu de 12,3% para 5,4%, segundo o IBGE menor patamar da série histórica iniciada em 2002″, registra, timidamente, a Folha.

E ainda há gente que acredita na tal “neutralidade” da mídia privada. Diferente de Rubens Ricupero, ex-ministro de FHC, ela esconde o que é bom e destaca o que julga ser ruim no atual governo!

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