(Florianópolis) Representantes da Comissão Executiva de negociação da Fetec-CUT/SC entregaram à direção do Besc a pauta específica dos empregados, no dia 31 de agosto, em Florianópolis. Na mesma oportunidade foi solicitado que o banco iniciasse as negociações e, que a primeira rodada ocorresse no dia 11 de setembro.
Para surpresa da Comissão Executiva da Fetec, a direção do banco, em documento oficial, comunicou às entidades sindicais de que a negociação previamente agendada para o dia 11 não ocorreria. No mesmo documento, a direção do Besc afirmou que não vê necessidade de estabelecer negociação com os bancários, por entender que o acordo das cláusulas sociais, sindicais e de saúde têm validade até 2008. Já as cláusulas econômicas estão sendo negociadas na mesa única com a Fenaban.
Autoritarismo da direção do banco
Os representantes da Fetec vêem essa postura autoritária e intransigente da direção do banco, em não negociar, como inadmissível. A resposta do Besc foi vaga, não oferecendo sequer a garantia de repassar aos empregados o que for acordado em âmbito nacional. Existem várias cláusulas na minuta do Besc, que dizem respeito especificamente aos besquianos. Não podemos esperar que as negociações sejam concluídas, em âmbito nacional, para só então começar a debater com o banco questões específicas e relevantes.
Algumas cláusulas específicas: elevação do piso; reposição das perdas ocorridas no período da federalização; pagamento da PLR referente a 2006; auxílio-educacional; despesas com transporte; reconhecimento do direito de pausa de 10 minutos dos caixas; fim das terceirizações; Plano de Cargos e Salários; Ponto eletrônico/banco de horas; Anuênio, entre outras.
Existem pendências muito importantes para os besquianos que estão em aberto e, ao que parece, sem interesse da direção do banco em negociá-las. A direção do Besc mais uma vez aposta no impasse, rompendo com uma cultura de negociação específica de pelo menos quinze anos. Os bancários não podem ficar de braços cruzados diante de tamanho descaso. Têm de dar uma resposta à altura, com mobilização, paralisações e, se preciso greve. Os besquianos exigem negociação já!
Incorporação ao BB não interessa
Na divulgação do resultado do Conglomerado Besc no primeiro semestre de 2007, realizada em Florianópolis no dia 14 de agosto, o tema da incorporação da instituição ao Banco do Brasil foi assunto da coletiva com a imprensa. Embora o presidente do Besc, Eurides Mescolotto tenha afirmado que a incorporação ao BB deva ocorrer mesmo, a direção do Sindicato continua firme em sua posição contrária a incorporação que está sendo proposta, pois esta saída não garante a manutenção do banco, dos empregos e traz intranqüilidade e insegurança para todos.
Desta forma a melhor alternativa neste momento é a transformação do Besc num Banco Público Federal de atuação regional. O que vem ocorrendo no Banco do Brasil é uma pressão maior, uma cobrança desmedida dia após dia, para que os funcionários cumpram metas vendendo produtos bancários, com o objetivo de aumentar o lucro. Essa política afasta cada vez mais o BB do seu papel como banco público. Neste cenário, imagine o que irá acontecer com o Besc e seus trabalhadores com a incorporação?
Reafirmamos nossa posição totalmente contrária à incorporação ao BB e chamamos todos os trabalhadores do Besc para este importante debate, que é urgente e fundamental.
Mobilização
Nesta terça, dia 18 de setembro os bancários terão um dia com muita mobilização na base do Seeb Florianópolis e Região. Pela manhã a direção do Sindicato realizará uma reunião na sede da entidade com a participação de todos os delegados sindicais. O objetivo é dar continuidade às discussões para organizar a base e aproximar os delegados – peças-chave nesse processo – cada vez mais da entidade.
À tarde haverá o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2007/2008 com atividade de rua, na Capital, para dar visibilidade às nossas reivindicações e à nossa luta. Além do lançamento da Campanha, também estão previstas atividades nos locais de trabalho para pressionar os banqueiros a atenderem as nossas reivindicações.
Às 18h30min teremos Assembléia Geral Extraordinária, no Auditório da Catedral, em Florianópolis. Na pauta a Campanha Nacional dos Bancários 2007/2008 (Negociação com a Fenaban, organização da luta e mobilização).
Agora é o momento dos bancários e das bancárias da nossa base entrarem firmemente nessa luta. O resultado da Campanha está diretamente ligado ao grau de compromisso de cada um, com a mobilização e a organização dos trabalhadores. Para alcançarmos nossos objetivos enquanto categoria, e construirmos uma sociedade justa para todos, o engajamento à luta é essencial.
Fonte: SEEB Florianópolis e Região
