BC incentiva especulação e ameaça crescimento

O Banco Central decidiu elevar em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros do país, que atinge 13%. É a terceira alta consecutiva na taxa Seilc promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão consolida o Brasil como o líder absoluto no ranking das maiores taxas de juro real do mundo.

A CUT, em nota oficial assinada pelo seu presidente, Artur Henrique, se posiciona contrariamente ao aumento, que teria pouco efeito no controle inflacionário. “Com o objetivo explícito de desacelerar a economia, essa política comprime nosso potencial e atenta contra a manutenção do ciclo de crescimento sustentado. Atrapalha, inclusive, a ampliação da oferta de alimentos e pouca eficácia tem contra a pressão inflacionária sobre o setor, já que as principais causas vêm do mercado externo”, argumenta a central.

Para Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT, mais uma vez o Banco Central cedeu às pressões do mercado financeiro, que promove intensa campanha na mídia pelo aumento dos juros. “Os únicos beneficiados por esse aumento são os especuladores. A medida é recessiva e irá prejudicar o crescimento da economia brasileira, que finalmente parecia ter entrado num ciclo virtuoso. Espero que o BC não consiga enterrar de vez essa esperança”, avalia.

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