(Teresina) Concentrados em frente à agência do Banco do Brasil da Rua Álvaro Mendes, centro de Teresina, dirigentes sindicais deram seqüência na manhã de hoje (21/08), às manifestações que visam esclarecer aos clientes e a população sobre a Campanha Nacional 2006. Na sexta-feira passada, dia 18/08, o protesto aconteceu em frente ao Itaú da Rua Areolino de Abreu.
Aproveitando a oportunidade da realização da segunda rodada de negociações dos trabalhadores do ramo financeiro, às 15h, em São Paulo, os discursos giraram em torno das reivindicações da categoria, cujos principais pontos são: aumento real de salário com proposta de 7,05% além da inflação do período, a Participação nos Lucros de Resultados com distribuição linear de 5% do lucro líquido mais um salário bruto e R$ 1.500 na parte fixa, isonomia de direitos, garantia de emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas.
O dirigente sindical João Neto defendeu a ampliação do horário de atendimento ao público, o que prevê a contratação de novos empregados para não sobrecarregar os demais. "Queremos também o fim do assédio moral e das altas taxas e tarifas bancárias", enfatiza, acrescentando que essa luta não é somente dos bancários, mas da sociedade como um todo.
Alertou que se houver intransigência por parte dos banqueiros em rejeitar as reivindicações da categoria, não haverá alternativa senão iniciar a greve. Por sua vez, o vice-presidente do Sindicato, José Ulisses de Oliveira, fez referência ao lucro crescente dos bancos, "mas em vez de contratar mais empregados, vem demitindo e retirando as comissões", diz, ao tempo que pede apoio da clientela para juntos lutarem por melhores condições de trabalho.
De Assis Araújo, presidenta do Sindicato, complementa os discursos informando que existe uma defasagem de pessoal nas agências bancárias, necessitando de novas contratações. Cobrou atitude por parte da Prefeitura para fiscalizar a lei das filas e lei de conforto nas agências.
Lembrou que a manifestação é mais um esclarecimento à população e uma oportunidade de denunciar a pressão, assédio moral e o constrangimento que os empregados sofrem dentro das agências. "São metas que estão acima das forças dos empregados, inclusive estabelecidas unilateralmente pelo empregador".
Fez apelo para uma negociação séria, aposentadoria decente e mais emprego para os jovens. "Queremos que os lucros retornem para os clientes e a sociedade, bem como mais oportunidade de trabalho", finaliza.
Fonte: Seebf PI
