O Banco do Brasil alcançou lucro líquido de R$ 8,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma alta de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Aumentou em 561 mil o número de correntistas, somando 62,1 milhões de clientes, porém, o número de contratações de novos funcionários está muito inferior ao crescimento do banco.
O patrimônio líquido totalizou R$ 82,6 bilhões, com alta de 15,1% no período. A rentabilidade ajustada sobre o patrimônio líquido médio foi de 14,2%, com queda de 1,1 ponto percentual em doze meses. Já o lucro líquido, que inclui resultados extraordinários, alcançou R$ 8,8 bilhões, com alta expressiva de 60,3%.
Segundo análise do balanço feita pela Subseção do Dieese na Contraf-CUT, o BB abriu 54 novas agências no período, saltando para 5.544 unidades no primeiro semestre. Entretanto, somente 778 novos funcionários foram admitidos no período, totalizando 112.325 trabalhadores em junho de 2015. A Rede Mais BB (correspondentes bancários e Banco Postal) somou 14.574 unidades (-696 unidades em 12 meses).
Para Wagner Nascimento, os números mostram que há cada vez mais trabalho para cada vez menos funcionários, o que aumenta a sobrecarga e a pressão: “Queremos mais contratações para reposição das vagas do plano de aposentadoria, aumento real, valorização do piso salarial”.
As melhorias no plano de carreira e na Cassi são pontos importantes a serem debatidos: “O BB tem total condição de atender às reivindicações aprovadas pelos funcionários e entregue no último dia 11. Os funcionários esperam do banco propostas sérias e que reconheçam o esforço de todos” destaca.
Aumento da taxa Selic
Entre os resultados mais expressivos do banco destacam-se as receitas de R$ 29,6 bilhões com Títulos e Valores Mobiliários (TVM), que cresceram 58,7% em 12 meses, reflexo das consecutivas altas da taxa básica de juros (Selic) determinadas pelo COPOM-Comitê de Política Monetária.
Mais crédito
A carteira de crédito ampliada cresceu 8% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 777 bilhões, alta de 8% em 12 meses, mas ficou estável no trimestre. As operações com pessoa física cresceram 7,7% em relação a junho de 2014, chegando a R$ 186,3 bilhões.
As operações com pessoa jurídica alcançaram R$ 353,3 bilhões, com elevação de 5,4% e a de agronegócio R$168,3 bilhões, alta de 7,1%, em doze meses.
Inadimplência estável
O índice de inadimplência superior a 90 dias manteve-se praticamente estável em 2,04% em junho de 2015 (ligeira alta de 0,05 ponto percentual em 12 meses). Entretanto, as despesas com provisões somaram R$ 11,5 bilhões, com alta de 32% em 12 meses.
Receitas de tarifas X despesas de pessoal
As receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 12,8 bilhões com alta de 9,1%, enquanto as despesas com pessoal somaram R$ 10,7 bilhões (+14,2%), o que resultou num índice de cobertura de 119,3% em junho de 2015.