(São Paulo) O Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira, dia 27, o seu balanço de 2006. No mesmo dia, a Contraf-CUT entrou em contato com o BB pedindo uma reunião de negociação para discutir o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao semestre passado.
“Queremos os mesmos princípios da PLR do primeiro semestre de 2006, com um módulo linear e um variável. Uma das grandes conquistas dos bancários do BB nas última campanha salariais foi a parcela linear de 4% do lucro líquido distribuída a todos, que no semestre anterior foi de R$ 1.814.49, além do fixo de R$ 412. Esperamos que o BB marque logo uma negociação para acertarmos a nossa PLR, já que boa parte dos bancos antecipou as parcelas adicional e complementar”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Segundo o balanço do Banco do Brasil, o lucro em 2006 foi de R$ 6,044 bilhões, valor 45,5% maior que o observado no ano anterior. O resultado foi o melhor obtido entre os bancos brasileiros em 2006, maior que Bradesco (R$ 5,05 bilhões), Itaú (R$ 4,3 bilhões), Caixa Econômica Federal (R$ 2,39 bilhões).
“Este desempenho fantástico do BB se deve, em grande parte, ao trabalho dos bancários. O Banco do Brasil tem um corpo funcional gabaritado e comprometido com a instituição. Esperamos o reconhecimento desta direção da empresa para agora, com o balanço consolidado, sentarmos à mesa para encontrar soluções imediatas para os problemas do funcionalismo que estão em pauta faz tempo”, afirmou Milton Rezende, vice-presidente da Contraf-CUT.
Parte do lucro do BB foi impulsionado pela carteira de crédito, que cresceu 30,8%, chegando a R$ 133,2 bilhões. O aumento de receitas provenientes de prestação de serviços foi de 16,2%, diante de uma expansão de apenas 4,6% das despesas administrativas – nas quais estão incluídas as despesas com pessoal.
O lucro do segundo semestre, entretanto, foi 45% inferior ao da primeira metade do ano. O fato se explica porque no primeiro semestre de 2006 o BB ativou créditos tributários da ordem de R$ 1,9 bilhão, o que não ocorreu no restante do ano.
Pelos números divulgados, os valores pagos do semestre, em reais, serão menores do que no período anterior, porque o montante sobre o qual é calculada a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é menor. No entanto, os bancários do BB continuam tendo os melhores ganhos anuais de PLR, pelo formato inovador conquistado na campanha salarial de 2005.
Previsão de pagamento
O pagamento da PLR será efetivado após a distribuição dos dividendos entre os acionistas, prevista para o dia 12 de março. Após as negociações entre a Contraf e o BB, o acordo precisa ser aprovado em assembléia pelos bancários, por se tratar de acordo específico para o segundo semestre.
“Esperamos agilidade nas negociações para que a gente possa definir os valores e realizar as assembléias até o dia 12 de março. Assim, não haverá motivos para que o banco demore além desta data para efetuar o pagamento”, finalizou William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa.
Fonte: Contraf-CUT
