Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco estão entre as dez empresas mais lucrativas da América Latina, em 2009, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira, dia 21, pela
consultoria Economática. O BB lucrou US$ 5,8 bilhões, Itaú Unibanco US$ 5,7 bilhões, e o Bradesco com US$ 4,6 bilhões, totalizando US$ 16,1 bilhões.
“Esse levantamento não nos surpreende, pois os bancos brasileiros não sofreram o impacto da crise financeira mundial e os lucros cresceram no ano passado, provando que reúnem todas as condições para atender as reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
A pesquisa mostra também a pujança da economia do Brasil. No total, sete empresas brasileiras aparecem entre as dez primeiras. A lista é preenchida com duas mexicanas e outra colombiana. Com um lucro líquido de US$ 16,645 bilhões em 2009, a Petrobras continua com a mais lucrativa da região.
A Vale, que no levantamento feito no ano anterior era a segunda colocada, caiu para o terceiro posto ao ser ultrapassada pela mexicana América Móvil (telecomunicações), que assume, assim, a condição de companhia privada mais lucrativa da América Latina.
A diferença entre o lucro das duas companhias é de US$ 1 milhão. A América Móvil, do milionário mexicano Carlos Slim, lucrou US$ 5,887 bilhões contra US$ 5,886 bilhões da Vale.
As demais empresas brasileiras entre as 10 primeiras são: AmBev e Sid Nacional (veja tabela acima).
No estudo, a consultoria analisou o lucro líquido de 894 companhias de capital aberto da América Latina. Das 30 maiores empresas que aparecem na lista, há 18 brasileiras, 5 mexicanas, 3 chilenas, 2 argentinas, 1 colombiana e 1 venezuelana.
Juntas, as 30 empresas mais lucrativas em 2009 acumularam US$ 73,6 bilhões, valor 6,93% superior aos US$ 68,8 bilhões registrado no ano anterior.
As 18 empresas brasileiras lucraram juntas US$ 54,04 bilhões, o que representa 73,4% do total do lucro das 30 maiores da América Latina.
Os setores com mais representantes entre são o bancário e o de energia elétrica com seis cada um.
Segundo a Economatica, o ranking utilizou dados publicados pelas empresas nos órgãos reguladores de seus países e convertidos ao dólar utilizando a cotação do dia 31 de dezembro de 2009.