(Brasília) No Encontro Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, que aconteceu no último sábado, em Brasília, mais de 200 trabalhadores de todo o país aprovaram um calendário nacional de mobilizações contra o plano de reestruturação do BB, também conhecido como “pacotão de maldades”, que provocará demissões, fechamento de unidades e aumento da terceirização.
● 30 de maio (quarta-feira) – Paralisações e manifestações em todo o país contra o pacote.
● 14 de junho (quinta-feira) – Dia Nacional de Luta pela isonomia de direitos entre funcionários novos e antigos dos bancos federais (BB, Caixa, BNB e Basa).
● 20 de junho (quarta-feira) – Dia Nacional de Luta contra o pacote.
● Congresso Nacional dos Bancários do BB: a Contraf-CUT acatou a decisão de antecipar o Congresso, mas está resolvendo questões de logística para definir a data. O tema principal será o papel do Banco do Brasil no desenvolvimento do país e no sistema financeiro nacional, bem como as questões específicas do funcionalismo.
Os bancários do BB aprovaram ainda a proposta de reivindicar anistia dos dias parados aos funcionários que protestaram contra o plano de reestruturação; moção em apoio aos colegas das Gerel (Gerência Regional de Logística) que serão extintas; campanha de mídia massiva denunciando a direção do banco; resgate das reivindicações de 2004 sobre PCS; intensificar abaixo-assinado pela isonomia de direitos entre os servidores dos bancos federais e realizar encontro sobre o assunto com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e dos deputados Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), autores do projeto de lei 6259/05, que estende aos novos funcionários dos bancos públicos federais os mesmos direitos dos empregados antigos.
Ficou decidido também que os bancários vão denunciar a falta de responsabilidade social da direção do BB ao Instituto Ethos de Empresas e farão uma cartilha sobre as conquistas históricas do funcionalismo a ser distribuída aos novos.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Marcel Barros, lembrou que o movimento sindical vem desenvolvendo uma série de ações para forçar o BB a negociar. “Mas o importante é reforçar as atividades de pressão contra esse pacote e a terceirização. Vamos também fazer campanha para toda a sociedade mostrando que a direção do Banco e o governo estão adotando uma postura totalmente equivocada em relação ao BB”, diz. “Mas como sempre o que fará a diferença é nossa mobilização”, conclui.
Fonte: Sindicato de Brasília e Contraf-CUT