BB e Caixa voltam a cortar juros de linhas de crédito para empresas

O Estado de São Paulo
Eduardo Cucolo

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram ontem novas mudanças nas suas linhas de financiamento, desta vez com foco nas empresas. Pequenas e microempresas que contratarem operações de capital de giro no BB terão carência de três meses para começar a pagar.

Quem já pegou o crédito antes do anúncio também poderá adiar o pagamento das prestações em até três meses, para o início de 2013. O benefício vale para as linhas BB Giro Rápido e BB Giro Empresa Flex, em caso de contratação até o dia 28 de dezembro.

O banco estatal anunciou ainda incentivos para tirar clientes da concorrência. Micro e pequenas empresas com dívidas em outras instituições financeiras podem contratar empréstimos no BB em um prazo de até 60 meses para liquidar a dívida antiga. Nesse caso, as taxas de juros mínimas são de 1,17% ao mês mais Taxa Referencial (TR), de acordo com a linha. Essas condições são válidas até o fim de outubro.

Duplicata

A Caixa Econômica Federal também anunciou ontem mudanças no crédito. Reduziu a taxa máxima para desconto de duplicata de 1,85% para 1,15% ao mês. A taxa mínima continua em 1,06% ao mês.

De acordo com o banco, as novas condições favorecem empresas privadas comerciais, industriais e prestadoras de serviços.

No mesmo produto, a Caixa oferece desconto de 100% na tarifa por entrega de borderô, cobrada a cada listagem de títulos entregue pelo cliente.

Nas últimas semanas, os bancos públicos vêm anunciando quase diariamente reduções de taxas de juros para empresas e consumidores, dentro da política do governo de forçar os bancos privados a seguir o mesmo caminho.

A Caixa, por exemplo, anunciou o “crédito com pausa”, que permite ao cliente pular o pagamento de uma prestação a cada 11 meses, em algumas linhas. Também reduziu os juros do cartão crédito e financiamento de veículos e motos. A instituição também baixou algumas taxas de administração de fundos de investimento.

O BB cortou juros para financiamento de motos e no cartão de crédito. A expectativa agora é de que reduza também tarifas bancárias, outra questão que entrou na mira do governo, após os reajustes realizados neste ano.

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