BB: Contraf-CUT conquista implantação do SESMT e negociações sobre CCP

A Contraf-CUT e o Banco do Brasil deram continuidade nesta sexta-feira, 3, às negociações permanentes iniciadas nesta quinta, em Brasília. Foram tratados na mesa temas como saúde dos trabalhadores, CCP, CSO/USO, certificação dos gerentes, alterações no TAO e incorporações.

Conquistada implantação do SESMT

Depois de muita cobrança do movimento sindical e com a intervenção do Ministério Público Federal, o BB assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que define a implantação na empresa do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), conforme previsto na Norma Regulamentadora 4 do INSS. O banco deve agora verificar internamente quais as pessoas que têm qualificação e interesse para assumir postos na carreira técnico-científica e depois realizar um concurso público para preencher as vagas restantes.

“Foi uma vitória dos trabalhadores, uma vez que conseguimos impedir a terceirização desse setor, como o banco pretendia”, avalia Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

Exame periódico de saúde

O banco levou para a mesa o médico responsável pela área, que realizou um longo debate com os representantes dos trabalhadores sobre possíveis alterações no exame. Devido à complexidade do assunto, ficou definido que será realizada uma nova rodada da mesa temática de Saúde, na qual estarão presentes também a Cassi (que realiza o exame periódico) e técnicos de ambos os lados. A data deste novo encontro será definida na próxima semana.

Plano Odontológico

Os trabalhadores cobraram mais uma vez a implantação do plano odontológico da Cassi. O banco afirmou que enfrentou diversos problemas que impediram a implantação. Foi assinado um termo de compromisso entre o BB e a Contraf-CUT prorrogando o prazo para 31/01/2010, dentro do qual o banco se comprometeu a resolver o problema (veja aqui a íntegra do termo).

“Um dos grandes empecilhos foi a falta de atuação da Cassi, que mesmo sabendo que o movimento sindical tinha conquistado esse direito que poderia trazer receita para a caixa de assistência da ordem de R$ 25 milhões por ano, não se movimentou para apresentar uma proposta ao banco”, afirma Marcel. Isso demonstra o desinteresse da Cassi com o que diz respeito à saúde bucal dos trabalhadores, que é o que falta para o atendimento integral à saúde na caixa”, acrescenta.

Comissões de Conciliação Prévia (CCP)

Houve consenso entre as partes de que é necessário renegociar o contrato, tendo em vista os problemas que ocorreram durante a operacionalização das conciliações. Um novo calendário será definido para retomar as negociações para que o modelo possa ser retomado.

Centro de Suporte Operacional (CSO)

Os representantes dos bancários mais uma vez afirmaram que o banco comete um equivoco ao tentar centralizar os serviços da forma como está fazendo, alem de causar inúmeros transtornos para seus trabalhadores. Infelizmente, a empresa reafirmou sua intenção de manter os princípios do pacote lançado em março de 2007, que prevê a criação da CSO.

Sobre as plataformas fechadas ainda no primeiro semestre (casos de Campo Grande e Ribeirão Preto), o banco afirma que os trabalhadores terão garantia de VCP e priorização no TAO. Além disso, afirma que procurará alocar as pessoas na região de onde são originárias.

BB x Votorantin

É preocupante a situação dos funcionários da área de financiamento de veículos, uma vez que o banco tem afirmado que irá se aproveitar da experiência do Banco Votorantin – do qual o BB comprou 50% da participação acionária -, que passaria a operacionalizar os financiamentos do setor. A CEBB solicitou do Banco do Brasil uma definição quanto aos trabalhadores do setor, pois os mesmo vivem dias de incerteza quanto ao seu futuro. Os representantes da empresa se comprometeram a procurar as áreas intervenientes – DINEV e DICRE – e apresentar uma resposta brevemente.

Certificação

Foi cobrado do banco que garanta no mínimo mais uma possibilidade para os gerentes de módulo avançado que não cumpriram as regras de certificação previstas em 2007. A empresa informou que deve haver mais um processo de certificação em setembro deste ano e que estudará a proposta apresentada pelo movimento sindical que prevê que quem ainda não cumpriu a norma tenha prazo até dezembro.

Alterações no TAO

A Contraf-CUT propôs que a derrubada das concorrências de quem está a menos de dois anos nos cargos seja revista e que seja criada uma regra de transição para que os bancários que tenham entre um e dois anos no cargo possam ter o direito a concorrer nesse período dentro de regras mais favoráveis, que ainda seriam criadas.

Fraudes em serviço

Para acabar de vez com a prática de gerentes que abrem caixas, os trabalhadores propuseram que só seja permitida a ativação do caixa para quem esteja efetivamente com a comissão empossada. Além disso, propuseram que, para as futuras certificações CPA 10 e CPA 20, seja garantido no mínimo um curso presencial, de forma a facilitar o estudo.

Incorporação

Os representantes dos trabalhadores questionaram o fato de existirem funcionários do BB oriundos do Besc e do BEP e que não aderiram ao regulamento do banco em virtude de não estarem sendo garantidos direitos. A principal queixa diz respeito à habitualidade, que está prevista nos regulamentos do BB e ele não quer garantir para os incorporados.

Calendário

No início da reunião, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB apresentou ao banco a minuta de reivindicações aprovada durante o 20º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado entre os dias 24 e 26 de abril (veja aqui a íntegra da minuta). Na próxima semana, serão definidos calendários para a continuidade das mesas temáticas de Saúde e CCP.

O banco ficou de analisar as demais reivindicações e dar uma resposta em reunião ainda a ser definida.

(Atualizada no dia 6/7, às 17h50)

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