(São Paulo) Oito meses depois de transferir um grupo de funcionários de São José dos Campos para São Paulo, o Banco do Brasil ainda não pagou o vale-transporte para esses bancários. Na próxima segunda-feira, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região notificará o BB pelo não cumprimento da legislação.
No mês passado, o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa, William Mendes, já havia feito uma notificação extrajudicial. Mas o banco insiste em manter a irregularidade e ignora o custeio do transporte dos funcionários, que continuam morando em São José dos Campos e precisam viajar diariamente para o Complexo São João na capital paulista.
“O vale-transporte é um benefício que o empregador antecipa ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa. Ainda que seja intermunicipal, o vale-transporte é devido, pois os funcionários viajam de ônibus diariamente. Se o Banco do Brasil insistir nesta irregularidade, vamos recorrer às medidas judiciais cabíveis”, afirma William.
O transtorno para este grupo de funcionários começou um novembro do ano passado, quando o BB centralizou os Núcleos Regionais de Negócios Internacionais (Nurin) na Gerencia Regional de Apoio ao Comercio Exterior (Gecex), em São Paulo. Com a mudança, parte dos funcionários foi transferida para o novo departamento.
Mas o banco apóia-se na sua própria definição de transporte coletivo público para não pagar o benefício aos funcionários. Segundo o BB, transporte público é um "veículo com duas portas e roleta para passagem".
Para o secretário de imprensa do Sindicato de São Paulo, Hugo Tomé Aquino, também funcionário do banco, "não há definição em lei do que seja transporte público coletivo urbano".
Ele ressalta que a notificação que o Sindicato vai enviar na segunda-feira é o último recurso para resolver o problema destes bancários ainda em mesa de negociação.
Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb SP