Valor Econômico
Mônica Izaguirre, de Brasília
O BB avalia que a estreia de suas ações em Nova York, na semana passada, foi marcada por boa procura por parte dos investidores, Nos dois primeiros dias, 34 mil ações do banco foram vendidas naquele mercado, gerando, com isso, igual número de American Depositary Receipts (ADR).
A informação foi dada ontem pelo vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores do BB, Ivan Monteiro. Segundo ele, que acompanhou pessoalmente o início das operações, na quinta-feira, foram negociadas apenas 2 mil ações.
Naquele mesmo dia, o executivo e sua equipe fizeram uma série de apresentações sobre a empresa a diversos grupos de potenciais investidores. Com o mercado mais a par da situação do banco, na sexta-feira, o volume negociado subiu para 32 mil papéis.
O número ainda é pequeno se comparado ao negociado na Bovespa, onde a média foi de 2,8 milhões por dia em novembro. Ainda assim, o resultado foi comemorado, por trata-se de um mercado onde o BB não é conhecido como opção de investimento.
Os ADRs emitidos pelo BB não geraram capitalização para a empresa, pois referem-se a ações ordinárias que já estavam em circulação no mercado brasileiro e que, com a autorização para acesso ao mercado de capitais nova-iorquino, foram vendidas pelos seus detentores nos EUA. Por isso mesmo, explica Monteiro, o banco não sabe quem foram os vendedores.
O preço de venda de cada ação também não é conhecido, por serem negócios realizados em mercado de balcão, ou seja, fora do pregão da Bolsa. Para ter suas ações cotadas na bolsa de Nova York, primeiro, o BB terá que ser autorizado a emitir ADRs de nível 2. Os que estão sendo emitidos agora são de nível 1, negociáveis apenas em mercado de balcão.