(Belém) Representantes dos trabalhadores ativos e aposentados, CAPAF e diretoria do Banco da Amazônia, depois de longo período de discussões, chegaram a uma proposta de consenso para o déficit do fundo de pensão do banco – CAPAF. O documento foi assinado ontem e encaminhado para a Secretaria de Previdência Complementar, do Ministério da Previdência Social, que havia determinado o dia 31 de agosto como último prazo para a formulação de uma proposta conjunta entre patrocinador e participantes do fundo.
Segundo a proposta, será equacionado um passivo de R$ 860 milhões, dos quais o banco arca com R$ 653,6 milhões e os participantes com R$ 206,4 milhões. Existem hoje dois planos de previdência na CAPAF, que serão saldados e novo plano será criado, caso a proposta seja aceita pela SPC. O aporte financeiro do banco dará fôlego para que a caixa de previdência mantenha o compromisso com os aposentados, que representam uma folha mensal de R$ 2,5 milhões. Além disso a proposta oferece um plano de previdência complementar aos funcionários da ativa, o que está previsto nos editais dos concursos.
Após a avaliação da SPC, o novo plano será elaborado pelos representantes da CAPAF, AABA, AEBA e Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá e apresentado aos participantes em dois meses. Espera-se a adesão de 95% dos participantes ao novo plano. O presidente do Banco da Amazônia, Mâncio Lima, afirmou que como apoio ao plano de reestruturação da CAPAF, será elaborado um PCS melhor estruturado.
O presidente do Sindicato dos Bancários, Raimundo Walter Luz Júnior, afirma que o déficit calculado em R$ 860 milhões não condiz com a realidade, “mas a solução encontrada foi esta, com o banco entrando com 76% do montante e os participantes com 24%”, reitera.
Fonte: Seeb PA/AP
