Barclays melhora oferta pelo ABN Amro

(São Paulo) O Barclays elevou sua proposta pelo ABN Amro para 67,5 bilhões de euros (37% em dinheiro), 2,7 bilhões de euros a mais que sua proposta anterior, que era só em ações. A proposta continua inferior à anunciada na semana passada pelo consórcio formado por Royal Bank of Scotland, Santander e Fortis, de 71 bilhões de euros (93% em dinheiro).

 

A vantagem do Barclays é que, para conseguir aumentar sua oferta, ele vendeu ações para o banco de Desenvolvimento da China, instituição estatal de fomento do país asiático, entre outros investidores. A participação do governo chinês pode ser um atrativo, pois pode facilitar a entrada no imenso mercado do país.

 

A despeito da disputa, a Contraf-CUT, municiada com informações de bastidores, está trabalhando com quatro cenários para os resultados da definição da venda para o Brasil. O primeiro é a vitória do consórcio RBS-Santader-Fortis. Na prática, para a América Latina, significaria que o Santander assumiria os negócios.

 

Os outros cenários partem da idéia de que o Barclays seja o vencedor da disputa. Uma hipótese seria o banco inglês assumir os negócios, mas é considerada uma hipótese incerta por ir contra o perfil do Barclays de banco de negócios, não de varejo. Dessa forma, ele repassaria o ABN Amro, gerando os outros dois cenários para o Brasil. Em um deles, as operações na América Latina seriam repassadas para o Bank of America, devendo chegar até o brasileiro Itaú. No outro, o Barclays colocaria o negócio no mercado e o mais forte concorrente deveria ser novamente o Santander, que tem demonstrado grande interesse em expandir sua atuação na região.

 

Para os bancários do ABN Amro, o que importa é a manutenção dos postos de trabalho. “Não nos interessa quem será o vencedor da disputa, desde de que o novo dono do banco respeite as entidades sindicais, os direitos trabalhistas e mantenha um diálogo sério conosco sobre um plano para garantir a manutenção dos postos de trabalho”, defende Gutemberg de Souza Oliveira, diretor da Fetec-SP.

 

Fonte: Contraf-CUT

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