Compromisso assumido de apresentar proposta econômica na próxima semana foi desfeito. Resposta será com mobilização nesta segunda
(São Paulo) Na terceira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e a Fenaban, que aconteceu no último dia 29, os banqueiros assumiram o compromisso de marcar negociação para a próxima semana e, nela, apresentar a primeira proposta econômica.
Como até hoje não foi marcado nada, os representantes dos banqueiros quebraram o compromisso e estão jogando no impasse. “A negociação pressupõe a manutenção da palavra entre os interlocutores, o impasse que só dificulta as coisas”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
“Isso é absurdo, porque os bancários ficaram na expectativa de começo de uma negociação séria, que levaria a aumento real e melhora da PLR”, destaca Vagner.
Mobilização
A resposta dos trabalhadores tem de ser dada com mobilização. Por isso é importante que todos os sindicatos reforcem as atividades do Dia Nacional de Luta, que já estava marcado para a próxima segunda-feira, dia 4.
“Como banqueiro não dá nada de graça, vamos ter de pressioná-los a aceitar nossa proposta. Neste momento, eles estão radicalizando, negando tudo o que pedimos, inclusive reajuste de salário. É absurdo que o setor que mais lucra neste país negue também a melhora da Participação nos Lucros e Resultados. Para nós, a lógica é simples, se eles estão ganhando mais por causa do esforço dos trabalhadores, têm de repassar uma parte maior”, afirma Vagner.
Segundo o presidente da Contraf-CUT, nas atividades é importante mostrar também para os clientes o que os bancos vêm fazendo. “O setor financeiro brasileiro é o que cobra o empréstimo mais caro do mundo, tarifas extorsivas e dá em troca filas e insegurança. Só no último ano morreram dez bancários. Esse absurdo tem de acabar, a sociedade brasileira não pode conviver com essa situação”, finaliza Vagner Freitas.
Fonte: Contraf-CUT