(Vitória) A direção do Banestes comunicou a quatro coordenadores da Gerência de Recursos Humanos que eles deixarão as suas funções. “São funcionários com mais de vinte anos de trabalho no banco, que já fizeram dezenas de cursos nessa área. Isso é um atentado aos próprios profissionais e à instituição, que investiu nessas pessoas”, criticou o diretor do Sindicato do ES, Flávio Teixeira. “Parece que o banco está fazendo experimentos. Há menos de dois anos fundiu coordenadorias, depois voltou atrás. E agora, qual será o modelo?”, questionou André Sabino, o representante dos bancários no Conselho de Administração do Banestes.
Contra o voto de André, o Conselho aprovou recentemente que o cargo de gerente de RH pode ser ocupado por pessoa contratada no mercado, ou seja, que não seja funcionário concursado. Pelos corredores do banco circulam comentários de que o projeto da direção do Banestes vai além: é a terceirização de todo o setor de recursos humanos. “Isso seria um absurdo, principalmente num momento em que concursados estão sendo demitidos e há carência de pessoal no banco. A gestão Roberto Penedo não pode admitir e demitir a seu bel-prazer. É preciso que seja respeitado o processo democrático de seleção através de concurso público”, afirmou o presidente do Sindicato, Carlos Pereira de Araújo (Carlão).
Reunião com arcebispo
Diretores do Sindicato vão se reunir com o arcebispo de Vitória, Luiz Mancilha Vilela, na próxima sexta-feira (30), às 16 horas. Esse será mais um contato com o objetivo de conseguir a suspensão das demissões e a retomada das negociações com o Governo. O Sindicato já esteve com o senador Renato Casagrande; o presidente da Assembléia Legislativa, Guerino Zanon; o deputado estadual Cláudio Vereza; a deputada federal Iriny Lopes; o secretário de Estado Carlos Casteglione; o secretário de Vitória Eliézer Tavares; o presidente do PDT, Sérgio Vidigal, e o diretor da CUT Nacional Jacy Afonso de Melo. Todos se mostraram disponíveis para mediar uma conversa com o Governo Paulo Hartung.
Fonte: Seeb ES
