Banese terceiriza caixas e descumpre acordo com Sindicato de Sergipe

Na última reunião entre a diretoria do Sindicato dos bancários de Sergipe (Seeb/SE) e o Banese, ocorrida no dia 27 de maio, o diretor administrativo Rodrigo Corumba se comprometeu em formalizar, através de dois documentos, o que ficou acordado. Quase dois meses se passaram, e os documentos ainda não chegaram ao Sindicato. Vários contatos já foram feitos e a resposta obtida é que o documento está sendo concluído.

Quando uma parte não cumpre o que ficou acordado, a negociação fica fragilizada, porque há uma quebra de confiança. Será que o presidente do Banese, Saumíneo Nascimento, está a par desse descompromisso do banco com o Sindicato e, consequentemente, com a categoria baneseana?

Quanto às terceirizações, apesar das manifestações realizadas pelo Sindicato dos Bancários, o Banese continua o processo de privatização nos seus postos. “O banco está substituindo os caixas por funcionários da Sergipe Administradora de Cartões Ltda (Seac, que não são bancários, mas estão fazendo todas as movimentações financeiras. Não podemos concordar com isso”, afirma José Souza, presidente do Sindicato.

O Sindicato de Sergipe deixou clara a posição contrária às terceirizações, mesmo assim o diretor administrativo informou que o processo vai continuar. E realmente continua. O banco chama as terceirizações de ajustes. A diretoria da instituição faz uma opção contrária à campanha de fortalecimento do banco estadual. O Seeb/SE já ingressou com denúncia junto ao Ministério Publico Estadual, no último dia 1º.

No Rio Grande do Sul, a juíza Rosemarie Teixeira Siegmann, da 3ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, julgou procedente a ação civil pública movida em 2006 pelo Ministério Público do Trabalho contra o Santander, determinando a ilegalidade da contratação de empresa terceirizada para a realização de serviços essenciais ao banco. A decisão é uma importante vitória na batalha contra a terceirização no sistema financeiro.

O Banese pode estar gerando futuros passivos, e quem vai pagar a conta são os baneseanos.

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