O Banco do Estado do Sergipe (Banese) apresentou lucro líquido de R$ 7 milhões em 2014, o que representa uma queda de 88,04% em relação a 2013. O resultado é devido principalmente ao aumento de 70% nas despesas com provisão para créditos em liquidação, totalmente injustificado, uma vez que houve redução da inadimplência em -0,1 ponto percentual em comparação a 2013, uma das menores do mercado.
O banco também aumentou em 34,5% as provisões para empréstimos rotativos do cartão de crédito. Com esse resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido médio caiu de 20,9% para 2,5% (-18,4 pontos percentuais).
Segundo a análise do balanço feita pela subseção do Dieese na Contraf-CUT, esse impacto negativo nos resultados do balanço foi revertido pelo crescimento de 600% no item a “participação de não controladores”. Antes dessa participação, o resultado do banco saía de um lucro de R$ 51,5 milhões, em 2013, para um prejuízo de R$ 40,6 milhões, em 2014.
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O total de ativos do banco cresceu 12%, atingindo aproximadamente R$ 4 bilhões, porém o patrimônio líquido se manteve estável, totalizando R$ 279 milhões. A carteira de crédito atingiu R$ 1,8 bilhão, com crescimento de 11,5% em 12 meses.
Da carteira comercial do banco, o segmento de pessoa física, que representa 70% do seu total, com R$ 1 bilhão, apresentou crescimento de 9,5%. O crédito para pessoa jurídica, também, apresentou crescimento de 9,5%, atingindo R$ 342 milhões.
O banco reduziu o quadro de funcionários, cortando 34 postos de trabalho e encerrando o ano com 1.072 funcionários. O número de agências subiu para 62 em dezembro de 2014 (uma a mais que no final de 2013).