Bancos tˆm at‚ mar‡o para pagar 2¦ parcela da PLR

(Brasília) Até março de 2007 será paga a segunda parcela da PLR, quando será depositado para os bancários de bancos privados o valor adicional que representa 8% da variação nominal do lucro do banco dividido pelo número de funcionários. Por exemplo:

– Pegue 8% da variação do valor absoluto do crescimento do lucro líquido de 2006 em relação a 2005. Assim: o lucro líquido do banco N foi de R$ 1 bi em 2005. Em 2006, pulou para R$ 1,1 bi. Sobre a diferença destes R$ 100 milhões é que serão calculados os 8% a serem divididos entre os empregados, não podendo ultrapassar R$ 1.500.

– Se o banco crescer 15% ou mais neste período, está garantido o valor mínimo de R$ 1.000, com teto de R$ 1.500.

O prazo para o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados foi encerrado em 31 de outubro; na Nossa Caixa, em 1º de novembro.

Essa parcela adicional não se limita aos tetos da regra básica e não pode ser descontada de programas próprios de remuneração. Também para os bancos privados que entram na regra dos dois salários de PLR, a diferença em relação à regra básica deve ser creditada na segunda parcela com teto de R$ 10.992.

“O valor adicional é a grande novidade da composição da PLR. Com a sua incorporação ao acordo coletivo da categoria, ela passa a ser considerada um direito adquirido, diferentemente dos abonos pagos nos anos anteriores”, destaca o presidente em exercício do Sindicato e funcionário do Bradesco, José Avelino, lembrando que, nesta campanha, a pressão dos sindicatos fez com que fosse invertida a lógica da PLR em todos os bancos, públicos e privados. “Antes, o valor a ser distribuído era igual em todos eles, independente do tamanho do lucro. Conseguimos estabelecer uma ligação direta entre lucro e distribuição da PLR.”

“Desde o final do ano passado, os sindicatos vêm atuando para firmar acordos para que os bancos ampliem a parcela de lucro líquido distribuído aos funcionários. Esse trabalho foi reforçado na campanha deste ano, quando a categoria intensificou a mobilização para exigir que a PLR refletisse com mais precisão os crescentes lucros obtidos pelos bancos”, acrescentou Edmilson Lacerda, coordenador do Coletivo dos Bancos Privados do Sindicato.

Na campanha de 2005, os bancários conseguiram junto aos bancos como Itaú, Grupo Santander Banespa, Safra, ABN, HSBC, dentre outros, formas de melhorar o rendimento dos trabalhadores. Outros como Unibanco e  Bradesco, foram obrigados pela regra a majorar o pagamento da PLR até dois salários, mas se recusaram a pagar mais, mesmo anunciando lucros astronômicos como em 2006.

Neste ano, o Bradesco está seguindo na contramão dos seus concorrentes que já decidiram pagar a PLR acima da convenção coletiva.

Lucro maior, PLR maior

Em 2006, os bancos continuaram a registrar lucros exorbitantes, o que significa que têm plenas condições de melhorar a distribuição da PLR aos funcionários, responsáveis decisivos por esse desempenho. “É preciso que a PLR evolua tanto quanto o lucro dos bancos, que as condições de trabalho melhorem e aumente a oferta de emprego na categoria”, afirmou a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú, Louraci Morais.

Neste ano, os três maiores bancos privados do país decidiram utilizar o terceiro trimestre para amortizar ágios referentes a aquisições feitas recentemente. O reflexo da decisão foi notado no balanço apresentado nos últimos dias por Bradesco, Itaú e Unibanco. Porém, o valor a ser considerado para a distribuição da PLR não será reduzido em função da amortização.

 

Fonte: Seeb Brasília

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