(São Paulo) Foi novamente marcado para 7 de junho, a próxima quarta-feira, o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, Adin, em que os bancos tentam passar por cima dos direitos dos consumidores, pedindo que não se apliquem nas relações com o sistema financeiro as regras do Código de Defesa do Consumidor, CDC.
Como vem fazendo sistematicamente, a Contraf-CUT, junto com outras entidades da sociedade civil, acompanhará o julgamento e defenderá que a população mantenha seus direitos assegurados pela lei.
É bom lembrar que se os bancos ganharem a ação será bem mais difícil as reclamações em entidades de defesa do consumidor, como Procons e Idec, ficando o cliente sujeito apenas à boa vontade do Banco Central.
Como está
Até agora, cinco ministros do Supremo Tribunal Federal, STF, votaram contra os bancos e a favor da população. Dois deram votos favoráveis aos banqueiros, faltando ainda quatro votos. Todas as entidades sindicais devem acompanhar e denunciar à população essa tentativa das empresas que mais ganham no país de desrespeitar os direitos de seus clientes.
Piora no atendimento
Além da tentativa de passar por cima de direitos, os bancos mantêm a população em longas filas e prestam um atendimento precário. E isso tem causa, em menos de duas décadas foram eliminados mais de 400 mil empregos no setor. Enquanto isso, a quase totalidade dos bancos paga todas as despesas com pessoal somente com o que cobra de tarifas de prestação de serviços.
Fonte: Contraf-CUT
