Bancos sÆo um dos maiores viläes do C¢digo de Defesa do Consumidor

(Curitiba) Mais uma vez o setor bancário é um dos líderes nas queixas nos órgãos de defesa do consumidor. São comuns queixas em relação a cobranças infundadas, falta de informações, juros, abusos nas tarifas bancárias e filas.  O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região alerta: mesmo batendo recordes de rentabilidade, os bancos não se esforçam para melhorar o atendimento prestado ou as condições de trabalho dos bancários.

 

“Ao invés de contratar, visando assegurar um melhor atendimento, os bancos investem em caixas de auto-atendimento e em Internet, que são alternativas mais baratas. Entretanto, esta economia não é repassada para o bolso do cliente”, afirma Marisa Stedile, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba. “Os bancos continuam aumentando as tarifas e criando novos meios, produtos e serviços para tirar ainda mais dinheiro dos clientes”, complementa.

 

Os clientes enfrentam ainda dois sérios problemas, as filas e a falta de segurança. O Sindicato dos Bancários está organizando uma campanha contra o aumento da violência nas agências bancárias, caixas eletrônicos e correspondentes (casas lotéricas e correios). “Em reunião com delegados da Delegacia de Furtos e Roubos recebemos a informação de que ocorrem em Curitiba em média de três a quatro assaltos à mão armada por dia. O dado é alarmante. A população deve exigir que sejam tomadas medidas preventivas pelos bancos e pela Secretaria de Segurança Pública”, afirmou Marisa.

 

Alguns municípios do Paraná têm regulamentação que determina tempo máximo dos clientes nas filas, mesmo assim os bancos não estão cumprem esta e outras exigências, como disponibilidade de máquina de senhas com horário de emissão ou bebedouros e instalações sanitárias adequadas para os clientes. 

 

Marisa Stedile lembra que uma das reivindicações da categoria bancária é a ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho e respeito à jornada de seis horas. Com isso, os trabalhadores esperam não apenas dar ao público um melhor atendimento, como também ampliar o número de postos de trabalho disponíveis nos bancos.

 

O Sindicato dos Bancários informa que qualquer reclamação em relação à instituições bancárias podem ser encaminhadas para o Procon/PR ou para o Banco Central. 

 

Em síntese… 

O Banco Central recebeu apenas nos meses de novembro e dezembro do ano passado e janeiro deste ano – últimos três meses do levantamento, mais de 6,5 mil reclamações consideradas "procedentes" provenientes de clientes dos maiores bancos do país.

 

Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) em 2006 foram realizadas mais de 15 mil consultas sobre produtos e serviços. A categoria Bancos e Setor Financeiro representou 15,7% das queixas.

 

O Procon/PR apresenta dados semelhantes. Os bancos estão entre os três primeiros com maior número de registros de atendimento.

 

Fonte: Patrícia Meyer – Seeb Curitiba

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