As taxas de juros tiveram em junho a sétima queda consecutiva em duas modalidades para pessoa física, segundo pesquisa do Procon-SP. No empréstimo pessoal a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,3% ao mês, a menor média desde dezembro de 2007, quando registrou 5,27%.
Em maio, esse índice estava em 5,52%. O seu pico foi atingido em dezembro de 2008 (6,25%), caindo desde então. No cheque especial a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,83% ao mês, inferior a do mês anterior, que foi de 8,87%, significando um decréscimo de 0,04 ponto percentual. A taxa média deste mês, nesta modalidade, voltou ao patamar de julho de 2008.
Dos dez bancos pesquisados, sete reduziram suas taxas no empréstimo pessoal, sendo que a maior queda foi de 0,91 ponto percentual.
Seis bancos reduziram suas taxas no cheque especial e as quedas não excederam 0,08 ponto percentual.
As dez instituições financeiras pesquisadas foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Unibanco, Safra, Santander e Unibanco.
Para a comparação da taxa do empréstimo pessoal foi estipulado o prazo de 12 meses e, para o cheque especial, 30 dias.
Entre os motivos apontados pelo Procon para a redução das taxas está a decisão do Copom de junho de manter a flexibilidade na política monetária e reduzir a taxa Selic, novamente, em um ponto percentual.
A taxa básica passou de 10,25% para 9,25% ao ano. O Banco Central afirma que a decisão foi consequência da desaceleração da economia, que ainda é suficiente para conter pressões sobre a inflação.
A redução de um ponto percentual da taxa Selic derrubou o juro real (taxa de juros nominal descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses) para o menor nível da história do país, cerca de 4,9% ao ano.